Cafés do Brasil ocupam área de 1,8 milhão de hectares sendo 1,5 milhão de arábica e 376 mil de robusta
A produção dos Cafés do Brasil, exclusivamente da espécie arábica, ocupa uma área em produção estimada de 1,505 milhão de hectares neste ano de 2018. Com isso, a safra calculada para esse tipo de café atingirá um volume correspondente a 44,333 milhões de sacas de 60kg, com uma produtividade média de 29,5 sacas por hectare. Tais números, se comparados com a safra anterior, representam um incremento de 29,4% na produção e de 27,4% na produtividade.
Com relação aos cafés da espécie robusta, a área em produção está estimada em 375,730 mil hectares, e a safra a ser colhida em 13,710 milhões de sacas, com produtividade de 36,5 sacas por hectare, números que representam uma variação positiva, se comparados com a safra anterior – 27,9% de aumento na produção e 29,9% na produtividade. Assim, a área em produção dos Cafés do Brasil, considerando as duas espécies de cafés, nesta safra de 2018, totaliza 1,880 milhão de hectares, cuja safra está estimada em um volume equivalente a 58,043 milhões de sacas de 60kg, com produtividade média de 30,9 sacas por hectare.
Estes números, dados e análises da performance da cafeicultura brasileira, entre outros de interesse do agronegócio café, constam do SUMÁRIO EXECUTIVO DO CAFÉ – JULHO 2018, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, o qual é publicado mensalmente e está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Com base ainda nos dados do SUMÁRIO EXECUTIVO CAFÉ, os números da safra de 2018, numa comparação com 2017, ano no qual a produção atingiu um volume equivalente a 44,970 milhões de sacas de 60kg, cultivadas numa área de 1,863 milhão de hectares, representam um aumento percentual médio de 29,1% na produção e de 27,8% na produtividade, respectivamente, a despeito de a área de cultivo em 2018 ter crescido apenas 1%.
Nesse contexto, em termos de área ocupada no Brasil pelos cafés arábica e robusta, nos seis estados maiores produtores de café, temos que Minas Gerais, maior produtor, figura em primeiro lugar com 1,011 milhão de hectares, o que corresponde a aproximadamente 53% da área em produção. O segundo maior produtor, Espírito Santo, com 387,926 mil hectares equivale a 20%. Na sequência vêm São Paulo, com 203,444 mil hectares (11%); Bahia, em quarto lugar, com 130,424 mil hectares (7%); Rondônia, com 71,605 mil hectares (4%); e, em sexto colocado, o Paraná, com 37,400 mil hectares (2%). Os demais estados produtores completam a área total em produção.
Esses incrementos na produção do café brasileiro são atribuídos principalmente ao ciclo de bienalidade alta, fenômeno que alterna produtividade menor em um ano com maior no ano seguinte, sobretudo nas lavouras da espécie arábica. Além disso, há que considerar as condições climáticas que foram mais favoráveis nesta safra e o emprego de novas tecnologias geradas pelas instituições de pesquisa, tais como manejo do solo e da cultura, adensamento, poda, entre outros, com a utilização de novas cultivares mais produtivas e resistentes/tolerantes a fatores bióticos (pragas e doenças) e abióticos (clima e regime hídrico).
O SUMÁRIO EXECUTIVO DO CAFÉ – JULHO 2018, nesta edição, apresenta dados estatísticos que permitem analisar e comparar o desempenho da cafeicultura, em nível mundial, que tratam do: Quadro de Suprimento de café em nível global, e, nessa edição, aborda a produção do Vietnã e Colômbia; quadros Comparativos de Área, Produção e Produtividade de Café em Grãos (arábica, robusta e total) do Brasil; e, ainda, Evolução Mensal das Exportações e Importações Brasileiras de Café; Estoques Privados e Públicos; Preços Mínimos; Operações de Vendas dos Estoques Governamentais de Café – 2016 e 2017; e Preços Médios Mensais de Café.
Por fim, recomendamos que acessem o site do Observatório do Café para ler na íntegra o SUMÁRIO EXECUTIVO DO CAFÉ – JULHO 2018.
Fonte: Embrapa Café