Número de jovens aprendizes supera primeiro semestre de 2017 nas maiores cidades do Sul de MG
As quatro maiores cidades do Sul de Minas registraram um aumento na contratação de jovens aprendizes no primeiro semestre de 2018. Os números superam o mesmo período de 2017 e mostram uma abertura das empresas nesta modalidade de contratação. Os dados são o Ministério do Trabalho.
O jovem aprendiz é um programa desenvolvido para dar ao estudante a chance de aprendizado do trabalho nas empresas. Entre as maiores cidades do Sul de Minas, a que mais ampliou o número de vagas neste setor foi Poços de Caldas. Foram 108 novas admissões de jovens aprendizes em 2018.
Confira os números:
Contratação de jovens aprendizes no 1º semestre no Sul de MG
Cidade | 2017 | 2018 |
Poços de Caldas | 398 | 506 |
Pouso Alegre | 300 | 365 |
Varginha | 220 | 275 |
Passos | 28 | 34 |
No Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em Poços de Caldas, são 278 aprendizes, dividido em oito turmas. Eles passam uma semana no emprego e outra nas aulas. Os cursos de aprendizagem oferecidos na unidade são de serviços administrativos, vendas e supermercado.
“Eles aprendem empreendedorismo, como se comportar na entrevista, a parte de relacionamento, que hoje é muito forte no mercado de trabalho”, conta a supervisora pedagógica Débora Romão.
Em Minas Gerais, segundo o Ministério do Trabalho, de janeiro a junho de 2018, mais de 93 mil aprendizes foram admitidos. Destes, mais de 21 mil foram efetivados. As áreas com maior número de contratações são auxiliar de escritório e assistente administrativo.
Muitos profissionais, hoje em cargos de empresas, passaram pela experiência e tiveram a oportunidade de continuar no local. “A empresa acreditou nos meus potenciais, fiz faculdade, cursos e juntei o conhecimento com a experiência aqui”, relembra Diziane Tainara Cardoso, que foi jovem aprendiz há sete anos e hoje é coordenadora de controladoria.
Para um consultor de empresas entrevistado pela EPTV, afiliada da Rede Globo, é preciso que as empresas entendam a função do jovem aprendiz. “Tem empresa que acha que vai suprir a falta de um profissional. Nós temos hoje em torno de 13 milhões de desempregados. E o jovem aprendiz é outro projeto, para dar um norte ao jovem”, explica João Cunha.
Também é importante, segundo o consultor, que o jovem esteja aberto ao aprendizado e atento aos excessos. “Se deixar uma carga horária além do que deveria estar cumprindo, é um sinal de exploração e não do uso correto do projeto”.