• muzambinho.com.br
  • Muzambinho.com
  • Muzambinho.com
  • loja.muzambinho.com

Gasto do PIB em educação para de cair no Brasil, mas investimento por aluno segue estagnado, diz estudo da OCDE

Julia Toledo11 de setembro de 20185min0
1601987
Dados do estudo 'Education at a Glance' foram divulgados nesta terça-feira (11) e mostram que o Brasil ainda gasta por aluno menos que a metade da média de países desenvolvidos.

Depois de quatro quedas consecutivas, o Brasil consegui frear a redução da porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investida na área de educação, do ensino fundamental ao superior. Porém, o valor gasto pelo governo para cada estudante segue estagnado há três anos no Brasil, e se mantém bem abaixo da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os dados são do estudo Education at a Glance (“Educação em revista”, na tradução livre do inglês), divulgado nesta terça-feira (11).

“O Brasil investe uma parte relativamente alta tanto de seu produto interno bruto (PIB) quanto do total de gastos públicos na educação. Porém, o gasto por aluno ainda está atrás da maior parte dos países parceiros e da OCDE”, diz o relatório.

Divulgado anualmente, o documento de 2018 analisa os sistema de educação de 36 países membros da OCDE, além de dez países parceiros, como o Brasil, a Argentina, a China, a Rússia e a África do Sul, entre outros.

Os dados do relatório divulgado nesta terça-feira se referem ao ano de 2015, quando o Brasil atingiu a porcentagem de 5% do PIB investido à educação primária, secundária e terciária – o equivalente ao ensino fundamental 1 até o ensino superior.

O valor é o mesmo que a média da OCDE e representa a primeira vez em quatro edições que o país conseguiu frear as quedas consecutivas, mas segue distante do valor registrado em 2011, quando 5,9% do PIB foi investido na educação.

Além disso, em 2015 o Brasil dedicou 17,3% de todos os gastos públicos do governo à educação. Nesse quesito, o país ficou acima da média da OCDE, que foi de 11,1%.

Gasto por aluno estagnado
Apesar de investir mais do que outros países em termos absolutos, os dados da OCDE mostram, porém, que o Brasil ainda é um dos países que menos gasta por aluno. O país responde também por uma das redes públicas de ensino com mais alunos entre os países analisados.

Considerando os níveis de ensino para crianças de 6 a 15 anos, o Brasil só perde para o México e a Turquia nesse quesito.

Ensino fundamental
Considerando cada nível de ensino, é possível ver que, no ensino fundamental 1 e 2, há três anos o valor gasto pelo governo brasileiro aos alunos da rede pública chegou a crescer entre 2011 e 2013, mas segue estagnado há três edições do estudo.

Em 2015, o valor gasto no Brasil por aluno do ensino fundamental 1 e do fundamental 2 representavam 44% e 38% da média da OCDE,

Ensino médio e superior
Já no ensino médio, essa porcentagem só chegou a 39% em 2015, depois de duas edições seguidas de aumentos tímidos no gasto do Brasil por aluno.

O ensino superior é o nível em que o Brasil mais se aproxima da média da OCDE em termos de investimento por aluno matriculado

Creche
O investimento do Brasil na primeira infância, principalmente nas creches, tem crescido, segundo o relatório da OCDE. os dados mostram que, em 2015, o país chegou a investir 0,7% do seu PIB na área – em 2010, essa porcentagem era de 0,4%. A média da OCDE é de 0,8%.

Em 2016, segundo a OCDE, 22% das crianças com menor de 3 anos frequentavam uma creche, um valor abaixo da média da OCDE, de 34%.

Além disso, também nesse nível o Brasil é um dos que menos investe relativamente ao número de alunos. “O Brasil gasta cerca de 3.800 dólares por criança em instituições públicas de pré-primário, um dos nívels mais baixos entre os países membros e parceiros da OCDE”, diz o estudo.

 

Fonte: G1.com.br

Julia Toledo


  • Muzambinho.com
  • Muzambinho.com

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *