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Cafés produzidos na Mantiqueira de Minas lideram primeira lista de concurso de café especial

Julia Toledo19 de setembro de 20183min0
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Associação Brasileira de Cafés Especiais tem concurso para selecionar o melhor café especial do país.

19A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) divulgou a primeira lista dos finalistas do concurso de cafés especiais em 2018. Na lista, os cafés produzidos na região da Mantiqueira de Minas lideram o ranking.

Na primeira fase do concurso de melhor café especial, 150 amostras foram selecionadas. Destas, 32 são da região da Mantiqueira.

“Nessa fase de pré-seleção da BSCA, dessa região que a gente está, passaram várias amostras de café. Então, aqui em tudo para dar um dos melhores cafés do Brasil”, comemora o produtor Márcio Heleno de Carvalho, de uma propriedade em Dom Viçoso (MG).

Na região da Mantiqueira, são 70 mil hectares de café. Alguns pontos chegam a 1,5 mil metros de altitude. As baixas temperaturas e o solo também são diferenciais.

“Não sei se é a proximidade maior com a serra mestra da Mantiqueira, se é o solo vulcânico, se é a matéria orgânica, era preciso um estudo mais aprofundado”, avalia Márcio.

A propriedade em Dom Viçoso é pioneiro na produção de cafés especiais no Sul de Minas. Dona Mariana de Carvalho Junqueira, de 91 anos, foi uma das primeiras produtoras e hoje coleciona os prêmios que já ganhou com o café. “Tenho um sentimento de gratidão. Sinto também vontade de continuar”.

Em 25 cidades da Serra da Mantiqueira são quase 9 mil produtores, que colhem por ano mais de 1 milhão de sacas de café. O potencial atrai cada vez mais produtores.

“O café especial hoje agrega um valor a mais e quem não fizer esse tipo de trabalho, não consegue manter sua propriedade”, explica o produtor Joaquim Adolfo Noronha, que aparece pela terceira vez na lista da BSCA.

“A procura pela Mantiqueira de Minas tem aumentado ano a ano. Então, isso tem feito com que os produtores consigam obter melhores resultados tanto na produção de café de qualidade, quanto na remuneração deste produto”, explica o negociador Wellington Carlos Pereira.

Toda amostra que chega à principal cooperativa da região é analisada segundo critérios internacionais. Para o concurso deste ano, a expetativa é que o vencedor seja da região. “Esses resultados vieram com esse trabalho, com esse investimento, educação, e hoje a gente pode produzir cafés de altíssima qualidade”.

As amostras do café cereja descascado já estão sendo analisadas na sede da BSCA em Varginha (MG). Na próxima semana, será divulgada a lista dos finalistas da categoria natural.

 

Fonte: G1.com.br

Julia Toledo


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