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Empresas jornalísticas investem em checagem de conteúdos suspeitos

Julia Toledo9 de outubro de 20183min0
jornal
Serviço Fato ou Fake foi acessado por milhares de pessoas ao longo da campanha. Equipe tem 79 jornalistas do G1, GloboNews, TV Globo, "O Globo", "Extra", "Valor", "Época" e CBN.

A preocupação com os efeitos das mensagens falsas no processo eleitoral levou as maiores empresas de jornalismo do Brasil a colocar mecanismos de verificação à disposição do público. Como o “Fato ou Fake”, que foi acionado por milhares de pessoas ao longo da campanha, e que vai continuar à disposição até a conclusão do segundo turno.

A Vânia recebe uma enxurrada de vídeos e textos no celular. “Sentimento de dúvida. Sempre”, diz. Um sentimento comum a quem acessa as redes sociais. “A minha recomendação é: leia mais. Leia jornal, leia revista com credibilidade, com fontes”, afirma outro eleitor.

Desde agosto, o projeto “Fato ou Fake”, do Grupo Globo, trabalha para checar o que é falso ou verdadeiro na internet. São 79 jornalistas do G1, GloboNews, TV Globo, dos jornais “O Globo”, “Extra” e “Valor Econômico”, da revista “Época” e da Rádio CBN.

As equipes estão espalhadas por seis capitais e recebem colaboração de várias cidades. Em Belo Horizonte, um grupo trabalha principalmente na checagem do que dizem os candidatos.

Em Brasília, são conferidos os números citados em debates e entrevistas, dados de campanha. Também a Lei Orçamentária para saber se é possível cumprir as propostas de governo.

Os jornalistas usam, principalmente, a internet e o telefone para conferir conteúdos suspeitos. Nessa eleição, foram quase 800 checagens; 118 eram boatos e 653, declarações de políticos. Considerando apenas os candidatos à Presidência ou a vice, 97 frases foram consideradas “fake”, falsas; 220 eram “fato”, verdadeiras, e 145 entraram na categoria “não é bem assim”, ou seja, frases parcialmente verdadeiras.

Foi comprovado, por exemplo, que era falsa a versão de que a imagem de um protesto no Rio, no fim de setembro, mostrava um prédio que desabou em 2012. A imagem é verdadeira e o prédio que aparece na foto está lá até hoje.

Outros meios de comunicação, como “Estadão” e “Folha de S. Paulo”, também têm iniciativas para desmentir boatos. O projeto “Comprova”, que reúne 24 veículos de mídia, como “Veja”, Band e SBT, foi criado com objetivo de combater a desinformação no período eleitoral. E há ainda agências de checagem independentes, como Aos Fatos e Lupa.

“Acho muito importante levar uma informação precisa e a gente saber onde está lidando. De onde é a procedência da informação, acho isso perfeito”, diz o administrador de empresas Carlos Engelender.

 

Fonte: G1.com.br

Julia Toledo


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