Presídio de Itajubá é reconhecido como unidade escola no quesito humanização do atendimento
Com cerca de 160 detentos trabalhando diariamente e outros 80 estudando, as boas práticas do Presídio de Itajubá, localizado no Sul de Minas, serão mapeadas por uma comissão composta por membros das mais diversas áreas do sistema prisional mineiro. O objetivo é replicar para outras unidades prisionais de Minas Gerais os conhecimentos e processos das áreas de ensino, trabalho, saúde, assistência religiosa e familiar.
A formalização do reconhecimento do Presídio de Itajubá como unidade escola foi publicada no Diário Oficial Minas Gerais, por meio de resolução.
A unidade prisional de Itajubá destaca-se, não somente no Sul de Minas, mas em todo o estado, como um presídio que vai além do atendimento aos eixos determinados pela Lei de Execução Penal (LEP), mantendo bom relacionamento com instituições públicas e privadas, além da sociedade civil da região – possibilitando, assim, o apoio a projetos sociais e filantrópicos que são realizados pela unidade prisional e reconhecidos pela comunidade.
A doação semanal de hortaliças cultivadas dentro da unidade para instituições carentes e a reforma de cadeiras de rodas para um lar que acolhe idosos são apenas alguns dos exemplos de projetos que são realizados pela unidade prisional em parceria com a sociedade civil. O mapeamento da unidade abrangerá atividades das áreas de atendimento e outras áreas com potencial para ajudar na melhoria da gestão das unidades prisionais.
A comissão terá 60 dias para entrega de um relatório e mais 30 dias para verificar quais os processos são passíveis de serem replicados nas demais unidades prisionais do estado de Minas Gerais.
Números
O Presídio de Itajubá conta com 160 detentos em atividades de trabalho externo e interno. São cerca de 60 presos trabalhando na empresa Montec, que tem o galpão de trabalho instalado dentro da unidade, numa área de 600m². Por lá são produzidas, aproximadamente, 120 mil peças por mês, de segunda a sexta-feira, como extensões elétricas, cabos de rede, filtros de linha, entre outros itens.
Além da Montec, são 16 presos trabalhando nas prefeituras de Itajubá e Piranguinho; outros 16 na confecção de uniformes do sistema prisional para atender às demandas de todo o estado; quatro internos na serralheria realizando reparos na unidade e no projeto de confecção de cadeiras de rodas; dois detentos na lavanderia; quatro na padaria instalada dentro da unidade; seis na horta da unidade, que tem sua colheita destinada à doação para instituições carentes do município; outros 16 na cozinha industrial que atende às demandas no presídio; dez presos no serviço de faxina interna; e outros seis na oficina de reciclagem.
Foto: Omar Freire/Imprensa MG