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Gehaka lança novo medidor de umidade G2000

Redação7 de fevereiro de 201916min0
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A Indústria e Comércio Eletro Eletrônica Gehaka está lançando no mercado o medidor de umidade de grãos de bancada Gehaka G2000. O aparelho tem uma grande importância para cooperativas, produtores rurais, cerealistas e armazenadores, porque proporciona dados precisos para a comercialização de grãos, como o percentual de umidade e a temperatura. Os resultados obtidos oferecem muito mais segurança nas operações e transações comerciais para esses tipos de commodities agrícolas.

Recentemente, a 11ª estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para a safra de grãos 2018 totalizou 227,3 milhões de toneladas. “Historicamente, as perdas na produção de grãos no Brasil, em função de diversos fatores, atingem um índice de 10% (mais de 22,7 milhões de toneladas no ano passado). Se for considerada uma imprecisão de 1% nas medições de umidade realizadas com instrumentos não devidamente ajustados, calibrados e controlados, isso causará perdas astronômicas em dinheiro e um impacto econômico absurdo”, analisa Christian Claudot Kaufmann, diretor comercial da Gehaka.

Assim, o medidor de umidade de grãos de bancada Gehaka G2000 serve para garantir ao produtor e ao comprador que a mercadoria seja entregue dentro das especificações da lei. Com as ações do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) a partir de 2017 e o controle dos instrumentos medidores de umidade utilizados nas transações comerciais de grãos, os prejuízos causados por medições imprecisas foram significativamente reduzidos. “Os envolvidos na transação comercial têm, agora, a garantia de que o novo equipamento não foi fraudado. Para quem vende é uma solução de segurança, porque a medida está sendo obtida corretamente. É também uma proteção de fato para todo o mercado”, explica Alexandre Fernandes, diretor de engenharia da Gehaka e responsável pelo desenvolvimento do aparelho.

Características

O modelo Gehaka G2000, aprovado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), é um instrumento medidor de umidade de grãos para uso em transações comerciais. É uma versão com melhorias e avanços tecnológicos do modelo anterior, o G1000, também aprovado pelo Inmetro. É fácil de operar e fornece a leitura da umidade em poucos segundos, com alta precisão e repetitividade. O teclado é simples, com apenas cinco teclas. O medidor não exige que o usuário faça um treinamento mais complexo e é possível estabelecer uma configuração personalizada para que forneça os resultados com agilidade.

Apresenta três tipos de interfaces para conectividade direta com sistemas de supervisão e aquisição de dados em processos de automação e controle, e tem portas de comunicação dos tipos RS232, USB e BluetoothÒ, por onde é possível coletar todos os dados das medições realizadas pelo equipamento, com total segurança e inviolabilidade. Cada medição tem uma assinatura digital exclusiva, que garante sua autenticidade e originalidade.

Além do índice de umidade, o relatório de medida da amostra, emitido por uma impressora acoplada, contém outras informações de valor. Por exemplo, a temperatura dos grãos é obtida e comparada à temperatura do instrumento de medição. “Nosso medidor atende a faixa de temperatura de 5 a 45 °C, enquanto os concorrentes atendem de 10 a 40. Ele consegue medir do extremo de 5 a 45 °C, compatibilizando-se com o ambiente, o clima, o ar-condicionado, e fazendo a compensação da leitura de umidade da amostra em função da temperatura”, explica Fernandes. Além disso, tolera diferenças entre o instrumento e a amostra de até 20 °C, que é o dobro dos instrumentos com modelo aprovado atualmente.

O medidor de umidade de grãos Gehaka G2000 conta com a tecnologia IoT, que permite que as curvas de calibração, controladas pelo Inmetro, sejam atualizadas pelo próprio usuário, utilizando de forma simples e rápida um programa gratuito disponível na Internet. O aparelho é gerenciado por um microprocessador tipo ARM Cortex de última geração, pelo qual comanda três dispositivos: o sistema de pesagem automática, que mede o peso exato da amostra; o termômetro digital, que indica a temperatura da amostra e do instrumento; e um capacímetro, que determina o teor de umidade do produto.

Processo de aprovação

Hoje em dia, só podem ser comercializados medidores aprovados pelo Inmetro, atendendo ao regulamento técnico metrológico da Portaria Inmetro nº 402/2013. Segundo Kaufmann, para o processo de aprovação dos medidores de umidade, é preciso um equipamento padrão definido e amostras de grãos com teores de umidade conhecidos. “O equipamento padrão é um instrumento de referência selecionado pelo órgão fiscalizador delegado pelo Inmetro, através de ensaios comparativos com método padrão primário de estufa. A amostra é selecionada e ensaiada em estufa para obtermos o valor real do teor de umidade. A verificação inicial é realizada fazendo um comparativo entre os medidores, com repetições de leituras definidas nas normas de ensaios do Inmetro. Após o término das repetições, o agente metrológico define, através de cálculos, o erro e o desvio padrão das leituras do teor de umidade. Ele aprova ou reprova os medidores, conforme especificações definidas pelo Inmetro. ”

De acordo com Kaufmann, os medidores de umidade aprovados são lacrados e identificados com selo do Inmetro e recebem um certificado de verificação rastreável, assinado pelo agente metrológico do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas). “Somente após todo o processo ser concluído, os medidores de umidade estão aprovados para serem comercializados em todo o território nacional. Eles são utilizados em transações comerciais de grãos, e são instrumentos de medição empregados em todas as etapas do processo produtivo, desde o momento da colheita, durante a secagem, no procedimento de armazenagem, na comercialização e na industrialização para produção de alimentos para consumo humano e animal”, descreve ele. “Os produtos agrícolas são todos comercializados em peso, portanto conhecer o teor de umidade dos grãos em cada uma das fases do processo é necessário e de fundamental importância. ”

Em se tratando da Gehaka, um outro aspecto que garante ainda mais a credibilidade de seus instrumentos é que o Laboratório de Ensaios em Umidade da fábrica tem acreditação pela norma ISO/IEC 17025:2017 e integra a Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE). O processo de aprovação do novo medidor envolveu o trabalho de uma equipe de cinco engenheiros, que trabalharam durante um ano no desenvolvimento do projeto, além de outros dois anos para o Inmetro aprovar integralmente o equipamento.

Um exemplo

Para entender melhor a necessidade mercadológica desse novo produto, de acordo com Fernandes, basta citar um caso comum numa safra. “Após o grão chegar ao armazém, o teor de umidade é maior do que o valor comercial. Na soja e no milho, por exemplo, o percentual de umidade comercial tolerável no grão é de 14%, segundo a legislação. Se um agricultor colher e entregar a produção no armazém e, nesse momento, o grão registrar 24% de umidade, a situação terá que ser ponderada. O valor máximo de água aceitável nesses produtos é de 14%. Assim, 10% serão descontados do preço, porque de fato isso seria água e não grão. Se o medidor, em vez de registrar 24%, indicar 26%, em lugar de descontar 10%, será preciso deduzir 12%.”

Evolução

Até agosto de 2013, quando foi publicada a Portaria nº 402 do Inmetro, não existia nenhum controle metrológico dos instrumentos medidores de umidade de grãos. Portanto, hipoteticamente, haveria a possibilidade de ajustes indevidos no instrumento que favorecessem algum interessado na transação. Um comprador teria chance, em tese, de fazer um ajuste que o beneficiaria na operação. Contudo, a partir da regulamentação do Inmetro, esses dispositivos começaram a ser controlados metrologicamente da mesma forma que são verificadas as balanças de supermercados, as bombas de gasolina nos postos de abastecimento, etc. Através do regulamento técnico metrológico publicado pelo Inmetro, foram estabelecidos requisitos rígidos para os instrumentos utilizados para determinar a umidade na compra e venda de grãos. A nova legislação definiu que todos os instrumentos, nacionais ou importados, para medir a umidade dos grãos nas transações comerciais, precisavam estar de acordo com os requisitos das normas internacionais específicas. 

No que diz respeito ao Gehaka G2000, todo item fabricado hoje passa por uma verificação inicial dos agentes fiscais do Ipem-SP, órgão delegado do Inmetro, que inspecionam os instrumentos nas próprias dependências da empresa, com alto nível de exigência. Se estiver dentro dos erros máximos permitidos, cada medidor recebe um lacre e um certificado para só então poder ser comercializado. “O momento em que vivemos hoje é de transição. Nossa empresa teve o primeiro instrumento aprovado em 2017”, relata Fernandes.

Além da tecnologia embarcada, o Gehaka G2000 pode ser adquirido através do financiamento oferecido pelo cartão BNDES Agro, direcionado ao setor agropecuário. Afora as pessoas jurídicas, o recurso também tem a alternativa de contemplar pessoas físicas que atuam no setor. Esse novo equipamento ainda tem garantia de uso e suporte contínuo de pós-venda da fábrica e de sua rede de empresas autorizadas e credenciadas, distribuídas nas principais regiões produtoras de grãos no Brasil, assegurando o desempenho e o pleno funcionamento dos instrumentos nas épocas de safras.

Eventos

A Gehaka participará de vários eventos neste ano, apresentando o Gehaka G2000 para produtores de grãos e profissionais do setor. De 20 a 22 de fevereiro, estará na Femagri, e de 3 a 4 de abril na Feira do Cerrado da Cooxupé. Ambas são direcionadas à cafeicultura. Também estará presente na Expodireto Cotrijal, dirigida a produtores de soja, milho e trigo, de 11 a 15 de março. A empresa vai, mais uma vez, marcar presença na Agrishow, de 29 de abril a 3 de maio, que é voltada a produtores de soja e milho, mas também recebe produtores de diversas culturas. Ali será mostrada toda a linha agrícola e o lançamento do Gehaka G2000. A Associação Brasileira de Pós-Colheita (ABRAPOS) realizará uma série de simpósios neste ano, onde também será exposto o novo lançamento.  

Redação


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