O Dia do Trabalhador Rural é comemorado anualmente dia 25 de Maio no Brasil.
A comemoração do Dia do Trabalhador e Trabalhadora Rural foi instituída no Decreto de Lei nº 4.338, de 1º de Maio de 1964. No dia 25 de Maio de 1963, falecia o deputado federal Fernando Ferrari (1921-1963), um dos políticos mais engajados na luta dos trabalhadores rurais por seus direitos e questões sociais. A morte de Fernando se transformou em uma data símbolo para os profissionais da categoria.
Em 1971 foi instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, com a Lei Complementar nº 11, que ficou conhecida como Lei Fernando Ferrari, em homenagem ao parlamentarista que lutou pelos direitos destes trabalhadores.
Trabalho Rural no Brasil
O Brasil sempre teve na agricultura, no extrativismo e na pecuária suas maiores fontes de riqueza. Em 2013, calculava-se que 15,2 milhões de pessoas exercessem atividades ligadas ao campo. Essas ocupações estão em declínio com a mecanização, os baixos salários e a falta de oportunidades no setor.
No entanto, sua atividade é fundamental para que tenhamos alimentos de qualidade para comer.
Por isso, respeitar o trabalhador do campo como um profissional que merece todos os direitos é dever da sociedade e do governo brasileiro.
Homenagens para o Dia do Trabalhador Rural
“Nossas homenagens para esses homens e mulheres, cujo trabalho no campo contribui para o crescimento da economia e sustento da população das cidades! Parabéns!”
“Se existe o ‘COLHER’ é porque seu suor e dedicação frutificaram! Agradecemos a todos os trabalhadores ruais o cuidado com a terra”.
“Tudo que chega a nossa mesa, provém de sua natureza. Mas, a sua transformação tem a ver com a sua ação. Desde o preparo da terra, o seu trabalho encerra toda sua dedicação. Na pecuária ou agricultura, mesmo sem grande estrutura, ele garante a produção”.
Texto: callendarr.com
Emater-MG presta assistência a mais de 400 mil trabalhadores por ano e garante renda até 3 vezes maior
Já diz o velho ditado: “Se o campo não planta, a cidade não janta. Se o campo não roça, a cidade não almoça”. É a força do trabalhador rural que abastece as nossas mesas. Vem também do trabalho no campo grande parte da geração de renda no país. Segundo os dados mais recentes, do Censo Agropecuário de 2017, feito pelo IBGE, em Minas Gerais mais de 606 mil pessoas trabalham em 161.469 estabelecimentos rurais.
Para garantir melhor renda para esses trabalhadores, grande parte atuando na agricultura familiar, a Assistência Técnica e a Extensão Rural são essenciais. De acordo com o censo anterior, os agricultores familiares que recebem assistência técnica e extensão rural têm renda média mensal de R$ 2.139, ao passo que os que não contam com esse apoio têm renda média de apenas R$ 700, isso representa uma diferença de mais de três vezes.
Por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural os produtores rurais têm acesso a informações, políticas públicas, tecnologias e uma série de ações que qualificam o trabalho e os produtos do campo, garantindo mais renda para quem produz e alimentos saudáveis para quem consome.
Em Minas Gerais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) atende, anualmente, cerca de 400 mil produtores rurais. Trabalho que impacta vidas, como da agricultora Salete Gomes Pereira, de 48 anos, mãe de oito filhos, moradora do Assentamento Monte Cristo, no município de Malacacheta, no Vale do Mucuri. Há 16 anos ela recebe assistência da empresa pública, que vai além da orientação para o cultivo eficiente e sustentável de suas hortaliças, mas também para ampliar mercado e, consequentemente, sua renda e de toda família.
Com orientação da Emater-MG, a agricultora passou a vender sua produção por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que repassa os alimentos para as escolas do município. Também comercializa na feira livre de mulheres e no mercado municipal. Com auxílio dos técnicos da empresa, Salete também qualificou sua produção, com a construção de uma estufa para proteger as hortaliças. A melhoria foi possível com recursos do programa Brasil Sem Miséria. A renda com a produção de hortaliças já possibilitou a compra do próprio carro, que a agricultora usa para entrega das mercadorias.
“A Emater é importante porque me possibilitou o acesso a esses programas”, reconhece Salete.
A estufa tem ajudado a proteger as plantas de chuvas e pragas e ainda possibilitou a economia de água, porque evita a evaporação da umidade da terra. “Num clima de semiárido, como está se tornando Malacacheta, isso é bem importante”, explica o técnico local da Emater-MG, Rogério Teixeira Lages.
Também em Malacacheta, o meeiro Aguinaldo Gomes de Souza produz alimentos diversos, em uma área de 5,75 hectares. Com assistência da Emater-MG, ele diversificou a produção e hoje cultiva hortaliças, banana, acerola, laranja, fruta-pão e pitanga, além de ter criação de peixes (tilápias e tambaqui), galinhas caipiras e vacas leiteiras, que rendem leite suficiente para a produção de doces, mais um item para incrementar a renda da família. Toda a produção é comercializada através do Pnae. Com novos projetos, Aguinaldo diz ter uma certeza: “Sempre que eu precisar, os técnicos da Emater-MG vêm aqui”.
Emater/MG