Facebook e Instagram passam a sinalizar notícias falsas em posts e stories
Mark Zuckerberg parece cada vez mais empenhado no combate à propagação de notícias falsas. O proprietário do Facebook e do Instagram anunciou nessa segunda-feira (21) que fotos e vídeos com informações inverídicas publicados nas duas redes serão marcados com a etiqueta de “fake news”. O rótulo virá acompanhado de links de agências de checagem, que explicarão por que o material não merece crédito. O comunicado foi divulgado blog oficial do Facebook.
O Instagram ganhou ainda um recurso semelhante ao já utilizado no Facebook para conter a distribuição de dados falsos. Sempre que o usuário tentar compartilhar esse tipo de material, vai se deparar com um pop-up alertando para o fato de que a autenticidade do post é duvidosa.
Paralelamente às indicações mais claras de conteúdo enganoso, a equipe de Zuckerberg também vai restringir a distribuição desses posts, para evitar que eles viralizem. “Em muitos países, incluindo os EUA, se tivermos sinais de que um conteúdo é falso, vamos reduzir temporariamente sua distribuição enquanto a verificação por uma agência de checagem de fatos parceira é feita”, diz o texto do comunicado.
Páginas e perfis de veículos de imprensa também estão na mira do novo pacote de medidas. A partir de novembro, jornais “total ou parcialmente sob o controle editorial de governos” serão rotulados como “mídia controlada pelo Estado”.
Eleições seguras
A pouco mais de um ano das eleições presidenciais dos Estados Unidos – marcadas para 3 novembro de 2020 – o Facebook lançou uma extensa lista de diretrizes voltadas à propagação segura de informações durante processos eleitorais. Entre elas, está o Facebook Protect, criado para proteger com mais eficácia as contas de candidatos nas eleições de invasões e ataques de hackers.
Outra ferramenta, ainda restrita às eleições americanas, permitirá que os usuários acompanhem os gastos dos candidatos com a promoção de posts no Facebook de maneira detalhada. Entre os dados disponibilizados à consulta pública estão gastos estaduais e regionais, além de pesquisa por dados de publicidade. Anúncios que desestimulem a participação no pleito estão proibidos.
As novidades vêm na esteira da publicação do segundo relatório do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA, há menos de quinze dias. O documento, que traz os resultados de uma investigação sobre a interferência das redes sociais nas eleições de 2016, classifica o Instagram como ferramenta mais efetiva usada nas campanhas virtuais.
As mudanças soam ainda como uma resposta à insatisfação da comunidade virtual com recebe decisão de Zuckerberg de não submeter propagandas políticas às agências de checagem de fatos.
Fonte: EM.com.br