O que define surto, epidemia ou pandemia?
Redação
Com os holofotes voltados para a área da saúde, doenças como Covid-19, zika e H1N1 exigem planos de ação ágeis para conter a sua propagação. Muito além de liberação de verba para os locais afetados, órgãos especializados, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), precisam auxiliar na rápida divulgação de informações assertivas para conter e prevenir novos focos de contágio.
Conheça as definições dos principais grupos de doenças contagiosas e saiba quais são as melhores maneiras de combatê-las.
Surto
Caracterizado pelo rápido alastramento de uma doença contagiosa em região específica, o caso mais recente de surto, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), é do Covid-19, que tem amedrontado principalmente a população chinesa. Esse tipo de enfermidade apresenta como característica um alto poder de expansão em pouco tempo. Em caso de novas patologias, como o coronavírus, o seu controle pode ser ainda mais demorado e tardio.
De acordo com o Ministério da Saúde, a correta descrição do problema, considerando a delimitação da extensão geográfica e o entendimento sobre a população afetada, pode ajudar na conclusão sobre as possíveis fontes ou causas do evento, fornecendo mais subsídios para as tomadas de decisão.
Epidemia
A epidemia é caracterizada pela concentração da doença em determinado local com grande número de infecções por um período repentino ou temporário. Um exemplo expressivo dessa classificação é a dengue, que, embora afete diversos locais, costuma ter os focos concentrados e atingir bairros ou cidades em um curto espaço de tempo.
Esse tipo de evento de saúde pública costuma mobilizar rapidamente ações locais com a finalidade de evitar o seu rápido alastramento, antecipando-se para que não se torne um surto e atinja outros espaços.
Pandemia
O conceito não é, entre todos, o mais familiar no País, mas a pandemia é instaurada quando uma epidemia passa a afetar diversos locais, como regiões mais distantes ou mesmo outros países. A gripe H1N1 é um caso popular de pandemia, que, segundo a OMS, registrou mais de 36 mil casos em 75 países.
Classificada como no estágio mais grave de saúde pública, a H1N1 recebeu essa definição após uma análise que encontrou a condição em seis continentes concomitantemente.
Vacinas, medicamentos e controle
Diversas formas de prevenção ou controle podem ser aplicadas, de acordo com indicações médicas e conhecimento sobre a patologia. Vacinas, medicamentos de forma assistida e até isolamento total são algumas das práticas mais indicadas.
Outras ações simples e essenciais para o controle sanitário, como constante higienização das mãos, correta limpeza e descarte de resíduos, especialmente em regiões de grande aglomeração populacional, e atenção especial para o armazenamento e o preparo de alimentos são algumas das ações mais importantes.
Direcionamentos efetivos
De acordo com a classificação, órgãos responsáveis pelo controle da saúde local, como a própria OMS, governos e prefeituras, apresentam um importante papel para o controle dos diversos tipos de doenças infecciosas e/ou contagiosas.
A atuação deve ocorrer desde o direcionamento de campanhas de comunicação para a divulgação de informações sobre as formas de contágio e proteção até negociações de liberação e destinação de verba para controle e monitoramento da doença.
Em momento oportuno, a Organização Pan-Americana da Saúde também reforçou que os direcionamentos podem prever a instauração de um sistema de gerenciamento de crise com o intuito de tomar atitudes que englobem a garantia de segurança da população. Restrições de viagens, controle da venda ou distribuição de alimentos e disposição de equipes médicas especializadas são alguns desses cuidados.
Fontes: Organização Mundial da Saúde, Drauzio Varella, Organização Pan-Americana da Saúde, Ministério da Saúde, Hospital São Lucas.
Via Summit Saúde
