Anti-inflamatório acelera recuperação de pacientes com covid-19
A descoberta foi realizada por um estudo clínico da Universidade de São Paulo (USP), divulgado na última quarta-feira (12) em uma plataforma de análises científicas.
Até o momento, pesquisadores identificaram três efeitos positivos da colchicina: redução do tempo de apoio respiratório e do período geral de internação, além de uma baixa nos índices de proteína C- reativa no sangue, principal marcador de inflamações sistêmicas.
Deste estudo, participaram apenas 35 pacientes, que estavam internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Apenas 18 deles receberam o medicamento, enquanto os demais ingeriram apenas um placebo. Aqueles que deram entrada na UTI não foram analisados. O estudo ocorreu entre o dia 1º de abril e 16 de julho.
Hospital das Clínicas da FMMRP-USP, onde o estudo foi realizado.Fonte: Jornal USP/Divulgação
“Voluntários tratados com o fármaco ficaram livres da suplementação de oxigênio, em média, três dias antes do que os pacientes que receberam apenas o protocolo terapêutico padrão do hospital. Além disso, puderam voltar para casa mais cedo”, disse o médico e coordenador do estudo, Renê Oliveira, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O efeito adverso mais comum detectado foi a diarreia. Ao contrário da hidroxicloroquina, os pesquisadores não identificaram nenhum relato de problemas cardíacos.
Apesar de ter apresentado resultados positivos, o estudo ainda não foi revisado por pares e é muito limitado para gerar certeza científica. Portanto, estudos clínicos mais amplos serão realizados para avaliar se o uso da colchicina é realmente benéfico em casos de covid-19.
Fonte: TecMundo