Vacina russa é forte e tem ação duradoura contra covid-19, diz estudo
O imunizante foi registrado pela Rússia no mês passado e gerou dúvidas na comunidade científica por, até então, nunca ter aparecido em publicações detalhando seu funcionamento ou procedimentos de testes. Agora, os resultados estão começando a ser divulgados de maneira transparente, trazendo confiança para o composto.
O governo do estado do Paraná já assinou um convênio com a Rússia para produção da vacina, conhecida como “Sputnik V”, aqui no Brasil e pretende iniciar os testes na população do estado em até um mês. O registro da vacina russa será feito em até 10 dias junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo o governo do Paraná.
Sem efeitos colaterais
No artigo publicado na Lancet, os cientistas explicam que não foram encontrados efeitos colaterais adversos nos pacientes que participaram das fases 1 e 2 da testagem em até 42 dias depois da imunização.
Além disso, 100% das pessoas vacinadas desenvolveram uma resposta imune forte em até 21 dias. Isso quer dizer, entretanto, que é necessário manter o distanciamento social e cuidados contra a infecção por, pelo menos, 3 semanas após receber a dose do imunizante.
É importante destacar que esse estudo é considerando preliminar por ainda não ter feito testes em larga escala com a dita vacina, conhecidos como fase 3. Pelo menos outras 7 vacinas diferentes já estão nessa fase ao redor do mundo.
Duradora
Além de estimular a produção de anticorpos contra o novo coronavírus, a vacina russa ainda é capaz de provocar uma resposta das células T do organismo humano, segundo o estudo. Essas células são responsáveis por destruir outras células que já estejam infectadas pelo vírus. Isso está ligado à eficácia duradora da vacina contra o patógeno, mas não há como prever por quanto tempo uma dose pode manter o paciente imune.
Para a fase 3 de testagem, o governo Russo pretende convocar 40 mil voluntários para tomarem a vacina. O governo do Paraná ainda comentou quantas pessoas serão imunizadas nos testes com a Sputnik V aqui no Brasil.
Fonte: TecMundo