Minas já se organiza para encarar desafio da chuva
Depois de sofrer efeitos graves com a temporada de chuvas no começo do ano, Minas Gerais começou a traçar estratégias para evitar que as cenas registradas no início de 2020 se repitam – 200 municípios em situação de emergência e cerca de 60 mortes. Os primeiros passos para a execução do plano de prevenção foram dados ontem em reunião entre o governo do estado e outros órgãos estratégicos.
Equipes estão sendo enviadas para o interior, sobretudo a regiões que mais foram castigadas com os efeitos das chuvas do início de 2020, como Zona da Mata, Leste de Minas e Vale do Rio Doce, segundo o coordenador adjunto da Defesa Civil, tenente-coronel Flávio Godinho. Profissionais, como engenheiros, terão a missão de fazer o mapeamento de risco dos locais.
“É importante o município, que é responsável por aquele local, fazer o mapeamento. Nossas equipes estão dando essa assistência técnica e verificando, também, o andamento das obras nos municípios que receberam recurso do governo federal no início do ano para fazer reparação e reconstrução”, afirmou Godinho.
Do primeiro encontro, programado para se repetir, participaram grupos multidisciplinares com secretários estaduais e órgãos colaboradores, além do governador Romeu Zema (Novo). O ponto principal foi alinhar estratégias conjuntas envolvendo, além da Defesa Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Esses órgãos fazem parte do Grupo Estratégico de Resposta (GER), instituído por Zema em outubro de 2019.
Empresas como Cemig e Copasa, além de secretarias, como de Infraestrutura e Mobilidade, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de Desenvolvimento Social, entre outras, também integram a força-tarefa.
Godinho destacou que o plano envolve os municípios, o que inclui um protocolo para que as prefeituras possam recorrer à captação de recursos federais em casos emergenciais. “Algumas ações de prevenção são importantes e os municípios têm de fazer isso, como limpeza de bueiros e de canais onde essa chuva poderá passar. E monitoramento do aumento do rio. A gente consegue avisar a população se está tendo aumento em função da chuva”, detalha.
Parceria
No ano passado, com quase R$ 1 bilhão liberados pelo governo federal, houve cidades que não conseguiram recursos em função da falta de apresentação de um plano de trabalho consistente. “Então, é treinar alguns municípios para a captação de recursos para fazer essas obras”, enfatiza. Ele antecipa que seminário entre 30 de setembro e 2 de outubro vai ajudar o Executivo municipal a preparar servidores para essa sustentação técnica.
Fonte: Estado de Minas