Concursos de cafés o foco do cafeicultor para conquistar o mercado especial
Com a coordenação das provas das amostras realizadas pelo professor Leandro Paiva, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais do Campus Machado, o13º Concurso de Qualidade dos Cafés de Poços de Caldas realizou após a final um leilão on line que superou a expectativa dos organizadores.
Em Botelhos, Ulisses Ferreira de Oliveira, especialista em agricultura familiar,” estamos buscando valorizar a cafeicultura da região e ver que os produtores estão envolvidos neste projeto é muito satisfatório.”
Para os cafeicultores os concursos têm um objetivo, conseguir melhores preços na venda dos lotes de cafés especiais. Associação dos Pequenos Agricultores Familiares de Palmeiral, a ASSOFÉ vem conseguindo visibilidade para os cafés Fairtrade no exterior, este ano os compradores foram os franceses.
Em Nova Rezende e Cabo Verde a Coopervitae e a Assprocafé estão com os preparativos para a final dos seus concursos que ocorrem em novembro.
Para Willem Araújo, gerente regional da Emater, “os organizadores dos concursos em parceria com a Emater rapidamente se mobilizaram para este momento de pandemia, e com um ano de safra de qualidade muito boa os resultados estão surpreendendo, a expectativa agora é para as provas sensoriais do 17º Concurso da Emater”
Na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo fica Ribeirão de Santo Antônio é m bairro rural de Divinolândia com altitude acima de mil metros, as lavouras de café estão espalhadas pelas colinas. Claudinei Junqueira já é a terceira geração vivendo do café, em meio as plantas floridas, fala da sua expectativa com o 18ºConcurso Estadual de São Paulo, o mais tradicional do pais., Claudinei ganhou o concurso na categoria nano lote promovido pela Acrisa, a Associação dos Cafeicultores do Ribeirão de Santo Antônio e está otimista para a grande final estadual.
Em Muzambinho as cafeicultoras Suzana Santos, Maria Julia Pereira e Raquel Souza ganharam o concurso municipal de 2019 na categoria cafés sustentáveis e conquistaram mercado junto as cafeterias. Para Maria Julia “ temos clientes no exterior que valorizam as certificações, e o concurso deu ainda mais visibilidade e credibilidade para nossas práticas sustentáveis. ” Já para Suzana Santos “ temos participado de muito concurso, e quando temos o reconhecimento na nossa cidade é muito gratificante, nossos consumidores estão pelo mundo e com a pandemia as redes sociais são importantes para que a qualidade dos nossos grãos chegue até os apreciadores de grãos de qualidade. ” Raquel Souza explica “ aprendi com o Eduardo Galante a ter sempre em mente o amanhã, com foco em inovação sempre, os concursos projetam nossos produtos que tem uma relação social muito intensa, “ explica a cafeicultora que apostou nos concursos de cafés especiais em Muzambinho, Raquel e dona Zaira Campedelli, foram as primeiras a investirem na realização do primeiro concurso de qualidade de Muzambinho. ” Eu estava assumindo a fazenda, com a morte do Galante e não tive dúvidas em abraçar a ideia que o Clovis Piza, da Emater nos apresentou de um concurso municipal. O evento evolui muito e contagiou os demais cafeicultores do nosso município”.
Os concursos movimentam a vida dos cafeicultores após a colheita, é uma oportunidade para ganhar a atenção dos baristas, a maior exposição ocorre durante a Semana Internacional do Café que este ano vai ser on line. Elisangela Paiva, proprietária da ANGI Consultoria em Cafés Especiais, “ minha empresa entra com a parte administrativa. Em alguns concursos temos
Materiais de consumo, ajuda de custo dos provadores e auxilio nas provas sensoriais, neste momento estamos focados no COY, o concurso Coffe of the year”, explica.