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Sobram cores, e falta unidade no combate à pandemia em Minas Gerais

Redação10 de março de 20213min0
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Ondas lilás, roxa, vermelha, amarela e verde mostram ineficiência do Estado na coordenação de ações

Enquanto se registram recordes de contaminações e mortes por Covid-19, o Estado vai, pouco a pouco, sendo pintado de várias cores, que, na cabeça na população, transforma-se em uma paleta confusa e ineficiente. Com os diferentes protocolos introduzidos por municípios, capital, Estado e Granbel (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte), por exemplo, a população não sabe em que faixa (cor) está inserida nem como se comportar.

Enquanto na capital mineira o comércio não essencial está fechado e as pessoas podem circular à noite, em outras 21 cidades da Grande BH foi criada e adotada ontem a Onda Lilás, em que lojas podem ficar abertas durante o dia, mas os moradores devem respeitar “toque de recolher” das 20h às 5h. Bebidas geladas não podem ser vendidas nem em supermercados. No momento em que 78,5% dos leitos de UTI de Minas estão ocupados, encontramos no mapa do Estado um colorido confuso e ineficaz de Ondas Verde, Amarela, Vermelha, Roxa e a recém-criada Lilás.

Segundo o professor de direito público no Centro Universitário Una Carlos Barbosa, para que as medidas restritivas impostas por parte dos prefeitos mineiros tenham eficiência, é fundamental que o governo de Minas assuma o protagonismo na coordenação estadual da luta contra o crescimento de casos de Covid.

“Os municípios estão adotando as medidas de acordo com suas demandas, características e possibilidades. Mas é preciso ter uma coordenação central. Como a União não assumiu isso, caberia ao Estado adotar medidas eficientes, e coordenadas, de padronização nas ações dos municípios”, afirmou.

O especialista acredita ainda que o programa Minas Consciente, desenvolvido pelo Estado para orientar os municípios conforme os indicadores da epidemia em cada região, foi pouco eficiente. A cartilha passou por diversas alterações desde abril de 2020, quando foi lançada. “O governo de Minas deveria ter assumido uma gestão mais impositiva. Ele criou uma cartilha sugestiva, deixando a critério dos prefeitos, que muitas vezes atuam movidos pela política local. Em alguns lugares, o poder econômico dita as leis”, explica.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) afirmou que nem todas as regiões do Estado enfrentam a mesma situação epidemiológica. Disse ainda que o programa Minas Consciente tem as gradações com medidas restritivas necessárias de acordo com o cenário em que se encontra a região. O governo de Minas afirmou ainda que “respeita a autonomia municipal diante das decisões das prefeituras”, informou em nota.

Fonte: O Tempo

Redação


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