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Investimento em duas ferrovias em MG pode chegar a R$ 7,7 bilhões

Redação3 de setembro de 20214min0
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Prorrogação do contrato por mais 30 anos deve ser concluída até janeiro de 2022; recursos devem ser revertidos em obras em rodovias

O senador Carlos Viana (PSD/MG) anunciou nesta quinta-feira (2) que Minas Gerais deve receber R$ 7,7 bilhões em investimentos em razão da antecipação da renovação da concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que está sendo negociada no âmbito do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), do governo federal. “A empresa vai pagar em torno de R$ 14 bilhões para ter essa antecipação de outorga, dos quais R$ 7,7 bilhões ficarão em Minas”, disse o senador.

Ainda segundo ele, os recursos serão destinados às quase 120 cidades por onde passa a ferrovia, em obras de infraestrutura rodoviária. “O governo de Minas vai apresentar uma série de estradas estaduais que serão asfaltadas, estradas que têm ligação com a ferrovia, para escoamento de produção”, explicou.

Ele citou como exemplo uma estrada que liga Januária à Chapada Gaúcha, ambas no Norte de Minas, que deve ser asfaltada. “São quase 180 quilômetros de estrada de chão e é uma fronteira agrícola muito importante para Minas Gerais. Essa estrada vai ser federalizada e vai ser asfaltada pelo governo federal nesse acordo”, disse.

Também há a previsão de construção pela FCA de mais alguns trechos interligando no ramal principal da ferrovia. “Por exemplo, Pirapora/Unaí é um trecho ferroviário que vai ser construído nesse investimento. A melhoria da malha da FCA na chamada Serra do Tigre também será feita”, disse.

Segundo Carlos Viana, o acordo entre o governo federal e a FCA para a antecipação da renovação da concessão foi firmado nesta semana. Além dos recursos para Minas, outros R$ 7,5 bilhões ficariam com a União e, conforme o senador, com os estados Bahia e do Maranhão, onde a FCA também atua. No entanto, a malha da ferrovia passa também por Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, além do Distrito Federal.

Ele explicou que Minas ficou com a maior parte porque teria sido prejudicada na renovação do contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas, com a VLI Logística, no ano passado. “Quando o governo antecipou a Vitória-Minas foram R$ 12 bilhões de investimentos e Minas Gerais não ficou com nenhum real. O dinheiro foi todo para o tramo central, que hoje liga São Paulo a Goiás”.

Questionado sobre a renovação da concessão da FCA, o Ministério da Infraestrutura não respondeu. A prorrogação antecipada foi qualificada no PPI em 2017 e a previsão é de que a renovação seja efetivada até janeiro de 2022. O contrato atual termina em agosto de 2026 e a prorrogação será por mais 30 anos.

Fonte: O Tempo

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