Mais duas cidades do sul de MG realizam cadastro de voluntários para testes da Butanvac
Moradores de Itamogi e São Sebastião do Paraíso podem se inscrever para fazer parte da triagem
Os estudos clínicos da Butanvac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com universidades americanas e a primeira a ser produzida integralmente no Brasil, seguem agora em mais dois municípios do sul de Minas Gerais. Desta vez, as cidades de Itamogi e São Sebastião do Paraíso realizam o cadastro e triagem dos voluntários.
Para se inscrever é preciso ter mais de 18 anos, não ter sido vacinado nem contraído a Covid-19. Quem estiver dentro desses pré-requistos deve dirigir-se aos endereços de inscrição e triagem abaixo.
ITAMOGI/MG
Quinta-feira (16) – Inscrição
Horário: das 8h às 15h
Posto de Saúde do Cerrado
Rua Dr. Israel Pinheiro, 581
Sexta (17) – Triagem
Horário: das 8h às 16h
Escola Municipal Professora Gelcyra Xavier de Oliveira
Rua Maria Madalena de Freitas, 1060 – Vale do Sol
Telefone: (35) 3534-1099
SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO/MG
Quinta (16) e Sexta (17) – Inscrições
www.ssparaiso.mg.gov.br
Os moradores de São Sebastião do Paraíso que não conseguirem se inscrever pelo site da prefeitura podem fazer a inscrição direto no local de triagem.
Sábado (18) – Triagem
Horário: das 8h às 16h
Local: Câmara Municipal
Avenida Dr. José de Oliveira Brandão Filho, 445
Telefone: (35) 3539-1080
Para quem for selecionado após a triagem, a administração da primeira dose acontece na segunda-feira (20). Já a segunda dose será aplicada 28 dias depois.
Desde o final de agosto, as cidades mineiras de Arceburgo, Cabo Verde, Guaranésia, Guaxupé, Juruaia, Monte Belo, Muzambinho e São Pedro da União também estão cadastrando voluntários para os testes da Butanvac.
“O Instituto Butantan segue firmando parcerias com municípios do sul de Minas Gerais e nas cidades próximas a Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Temos convicção que a Butanvac será um imunizante 2.0, moderno e de valor acessível não só para o Brasil, mas para países em situação de vulnerabilidade e que precisam acelerar o processo de vacinação”, destaca o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Os ensaios clínicos da vacina serão divididos em duas fases compostas pelas etapas A, B e C. A etapa A conta com voluntários selecionados nas cidades envolvidas do sul de Minas Gerais e Ribeirão Preto. O objetivo é avaliar a segurança e a dose ideal de imunizante. Nela, o grupo controle vai receber a vacina de comparação, a CoronaVac, e não haverá placebo envolvido.
Já as etapas B e C irão avaliar a resposta imune e envolverão mais de 5 mil voluntários. Será feita a comparação entre o desempenho da nova vacina do Butantan contra a Covid-19 e outros imunizantes. Além da eficácia geral da Butanvac, os ensaios vão avaliar seu desempenho diante das novas variantes do SARS-CoV-2.
Nos ensaios clínicos tradicionais, é feito um paralelo entre o grupo vacinado e um grupo controle. Mas como os marcadores imunológicos e parâmetros de segurança foram estabelecidos pelas demais vacinas em uso, já se sabe o que esperar de uma vacina contra a COVID-19.
Sobre a Butanvac
A Butanvac é desenvolvida a partir da inoculação de um vírus modificado da doença de Newcastle, que contém a proteína Spike do SARS-CoV-2 estabilizada. Como este vírus infecta aves e é inofensivo em humanos, ele replica muito bem em ovos embrionados de galinhas – mesma tecnologia da vacina contra a influenza (gripe).
Além de ser barata e muito disseminada, essa técnica é uma especialidade do Butantan: o instituto produz anualmente 80 milhões de vacinas da gripe usando ovos. A Butanvac é resultado de um consórcio internacional que envolve a organização PATH Center for Vaccine Innovation and Access, a Icahn School of Medicine no Mount Sinai em Nova York e a Universidade.
Ascom Butantan