Carnaval e uso de máscara em Minas serão avaliados em janeiro, diz Zema
O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, nesta quarta-feira (1º), que a continuidade do uso de máscara e os parâmetros para a realização do Carnaval em Minas Gerais serão avaliados em janeiro pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti.
Diferentemente do que o próprio secretário já havia adiantado em novembro, o uso de máscara não deve deixar de ser obrigatório ainda em 2021, segundo Zema. “O secretário avaliará isso em janeiro. É muito provável que continuemos com o uso de máscara, porque não é recomendável, a esta altura do campeonato, com o inimigo quase derrotado, relaxarmos”, pontuou Zema.
Ele também afirmou que concorda com prefeitos mineiros que estão limitando o carnaval de 2022, sem citar diretamente o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que já disse que não patrocinará a folia. “O secretário da Saúde fará uma análise mais detalhada em janeiro e essa posição será o suficiente para a maioria dos municípios definirem como conduzirão o carnaval. Alguns prefeitos já deixaram claro que não farão eventos carnavalescos em sua cidade e até inibirão a realização disso em áreas públicas. Eu sou favorável a isso. O vírus ainda está circulando. Ninguém vai morrer porque vai ficar sem carnaval”, completou o governador.
As declarações foram feitas em coletiva de imprensa sobre o lançamento do projeto A Vez Delas, que disponibiliza vagas de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica em Minas.
Em novembro, Zema havia pontuado que prefeitos não deveriam “se omitir” sobre o Carnaval. A novidade, desde então, foi o surgimento da variante ômicron, que preocupa cientistas em todo o mundo, sob o risco de ser mais transmissível ou escapar pelo menos parcialmente do efeito de vacinas, o que ainda será estudado.
Nesta quarta, Zema citou que o Estado está monitorando os índices de internação e de novos casos da doença, considerando a nova variante. “Esperamos que, como mais de 70% da população já está imunizada, essa variante não venha a causar grande perturbação, mas isso não quer dizer que vamos relaxar”, concluiu. Por ora, Minas investiga um caso de Covid-19 de uma paciente que retornou do Congo, porém o resultado da investigação sobre a variante ainda não foi concluído.
Fonte: O Tempo