Secretário de saúde nega que Minas Gerais esteja passando por surto de gripe
Apesar da recente alta de casos de gripe pelo Estado, especialmente em Belo Horizonte, onde as Upas estão lotadas, o secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti, alegou que não há um surto da doença em Minas Gerais.
A declaração foi dada nesta quinta-feira (23), durante a apresentação de uma nova metodologia de tratamento de sangue no Hemominas. Segundo o secretário, a alta tem sido provocada pelo aumento de investigações de exames respiratórios em virtude da pandemia de covid-19.
“Não estamos em surto de gripe. Obviamente, com a covid, a gente faz muitas investigações que não eram feitas antigamente. Então hoje, quando chega uma amostra para Funed de suspeita de covid, a gente faz essa análise e acaba diagnosticando o H3N2”, declarou.
Em outros Estados do Brasil, a H3N2 tem causado preocupação. Em Viçosa, na Zona da Mata Mineira, o vírus responsável pela gripe já foi identificado.
Ainda segundo o secretário, a chegada da doença já era esperada, mas ocorreu com antecedência.
“O que a gente está vendo aqui é esperado em fevereiro e março e está acontecendo agora em dezembro, mas ainda temos que ter muita tranquilidade, que apesar de termos muitos casos de gripe ou doenças da infância, que são de outros vírus que não são a influenza, não é nada diferente daqueles períodos já esperados, só mudou a época”, diz o secretário.
Para evitar que a doença se espalhe, Baccheretti disse que Minas Gerais vai solicitar a antecipação de doses da vacina contra a gripe.
“Estamos buscando o adiantamento, porque a gente recebe em fevereiro a nova vacina da influenza com as novas cepas – lembrando que todo ano o vírus muta, é diferente da Influenza – para que a gente consiga adiantar a vacinação de todo mundo com a nova cepa”, conclui.
Fim de ano seguro seguro
Diante da chegada do Natal e das já tradicionais festas de família, onde a aglomeração é inevitável, o secretário de estado de saúde fez um apelo para que a população mantenha, ao menos, os cuidados básicos para evitar a transmissão do coronavírus.
“Para este ano não muda a recomendação. Grandes aglomerações não são interessantes de serem feitas, grandes grupos e mistura de pessoas, de várias famílias diferentes também. Procure sempre um local aberto, arejado, especialmente as pessoas com comorbidades e idosos porque esses, mesmo vacinados, continuam sendo mais vulneráveis. Uso de máscara, preferencialmente, ou distanciamento social nas festas de final de ano. Ainda não tá na hora de relaxar, a omicron tá chegando e temos que utilizar o reforço antes dela chegar”, recomenda Baccheretti.
O secretário ainda fez um apelo para a população que ainda não se vacinou contra a covid-19.
“Nós estamos tendo queda atrás de queda, casos novos são cada vez mais baixos, internações e óbitos também, mas não podemos achar que está tudo bem. Nos preocupa sim a chegada do Natal e Réveillon e o que nós temos que falar é que hoje a vacina está sobrando. Toda a população estava reivindicando a vacinação durante todo o processo, todo mundo ansioso, tirando foto, e agora que a vacina está sobrando, as pessoas estão desprezando o que a gente mais queria. Então, o recado que eu queria dar é para quem ainda não tomou a 2ª dose ou até a 1ª dose e o reforço. Se chegou a sua hora, tome a sua vacina. Pare o que você estiver saindo e vá a um posto de saúde, pois essa é a única forma de sairmos dessa pandemia”, conclui.
Fonte: O Tempo