Clima instável entre outras dificuldades preocupam produtores de café do Sul de Minas
As condições climáticas do ano passado, que dificultaram a produção das lavores de café em boa parte do Sul de Minas ainda preocupa os produtores. Os períodos prolongados de seca, muito calor na florada e geadas do inferno prejudicaram o desenvolvimento cafeeiro da região.
Embora em 2022 seja um ano de bienalidade na cultura do café, aumentando o potencial produtivo do grão, as expectativas ainda são pessimistas. A expectativa de uma boa safra neste ano foram contrariadas em dezembro em algumas regiões, ainda devido as geadas de julho e agosto e os longos períodos de estiagem.
Os ramos e as rosetas onde estão inseridos os grãos ainda estão com a metade do que seria esperado já para o início de 2022, prevendo um impacto negativo no volume da próxima safra. Além disso, no período de novembro a dezembro, a escassez de recursos fertilizantes também atrapalhou o produtor de café, que realizou a adubação tardiamente em períodos do mês dezembro.
Em Minas Gerais, a produção ficou em 22,142 milhões de sacas de café beneficiado, com queda de 36,1% em relação ao volume obtido em 2020 e 9,8% abaixo do total colhido em 2019 (última safra de bienalidade negativa). Desse total, cerca de 11,751 milhões de sacas foram colhidas nas regiões Sul e Centro-Oeste do Estado, onde as condições climáticas durante o último ciclo da lavoura foram especialmente desfavoráveis, com escassez de chuvas e ocorrência de geadas. Tanto que o resultado ficou abaixo da média estadual, com queda de 38,6% em relação ao total produzido em 2020.
Fonte: Portal Onda Sul