O que você precisa saber sobre viagens em tempos de pandemia
Com a chegada da variante Ômicron, as viagens e festas de fim de ano, os casos de COVID-19 dispararam. Devido ao avanço da vacinação, não houve um aumento drástico no número de óbitos. Entretanto, o crescimento do número de infectados foi suficiente para afetar o setor de turismo. Segundo o FightAware, site oficial de monitoramentos de voos, mais de 8,3 mil voos foram cancelados em todo o mundo desde o avanço do coronavírus. Outras dezenas de milhares foram cancelados.
Em Minas, o aeroporto internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, na região metropolitana da capital, registrou cancelamento de voos. Em nota, a BH Airport confirma que as empresas decidiram suspender essas atividades após “aumento dos casos de COVID-19 e influenza em tripulantes”. As viagens eram das companhias aéreas Latam e Azul.
Conforme a Latam, a empresa cancelou cerca de 1% dos “voos domésticos e internacionais programados pela companhia dentro e de/para o país durante todo o mês de janeiro”. Já a companhia aérea Azul informou que 10% das operações de janeiro foram canceladas e serão reprogramadas. “A companhia registrou um aumento no número de dispensas médicas entre seus tripulantes – casos esses que, em sua totalidade, apresentaram um quadro com sintomas leves – e tem acompanhado o crescimento do número de casos de gripe e COVID-19 no Brasil e no mundo”, esclareceu em nota à imprensa.
Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que está acompanhando os casos de doenças respiratórias nos trabalhadores das companhias aéreas, e que também está de olho para garantir que as empresas cumpram com a prestação de assistência aos passageiros. Enfatizando que, em caso de cancelamentos, a empresa aérea deve oferecer o reembolso ou a reacomodação do passageiro em outro voo da companhia. Antes de ir ao aeroporto, a Anac está aconselhando aos passageiros que verifiquem o status de seus voos para evitar deslocamentos e desgaste desnecessários.
Segundo o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o setor aéreo vinha em recuperação da demanda desde o primeiro impacto do COVID-19. Ele destaca a importância desse setor para o fluxo do turismo brasileiro. “O turismo está diretamente ligado à aviação civil, um segmento que movimentava, antes da pandemia, mais de 90 milhões de passageiros por ano no Brasil”, destacou.
ECONOMIA
A disseminação do contágio, além de afetar as escalas de voo, também afetou o comércio e, consequentemente, a economia do país. O setor de turismo também reportou uma escalada no cancelamento de reservas para o carnaval desde que as prefeituras começaram a cancelar a festa, responsável por movimentar bilhões na economia e gerar vários empregos.
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), assim como a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), disseram em nota que a saúde das pessoas vem em primeiro lugar e, por isso, vêm investindo em iniciativas sanitárias que seguem as orientações das autoridades competentes.
Sobre os novos casos de COVID e influenza, a Abrasce disse que hoje “há cenários divergentes entre os mais de 100 mil lojistas e 600 shoppings no país, o que requer um olhar único para cada caso pontual, e não uma regra generalizada.” Já a ABIH, atenta às demandas da Secretária Municipal de Saúde, explica que a grande maioria dos hotéis está com funcionamento normal, seguindo os devidos cuidados para conter a disseminação do vírus.
MONITORAMENTO
O Observatório do Turismo em Minas Gerais continua monitorando a retomada das atividades do setor no estado. “Para isso, criamos um painel interativo com indicadores do Programa Minas Consciente, vacinação, Mapa do Turismo, Selo do Turismo Responsável, Cadastur, Minas Recebe, Guias de Turismo e Selo Safe Travels. Atualizados semanalmente e que podem ser segmentados por municípios e por Instâncias de Governança Regional” diz o site.
Também é possível verificar dados mensais disponibilizados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, sendo possível analisar dados de permanência média, números de hospedados e a taxa de ocupação hoteleira, auxiliando o turista na sua decisão, principalmente durante os períodos de picos de infecção do COVID-19.
Fonte: Estado de Minas