Zema propõe reajuste de 10% ao funcionalismo público
Em meio à greve de várias carreiras do Estado, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou, nesta quinta-feira (24), em um pronunciamento de cerca de três minutos, um reajuste de 10% a todos os servidores públicos estaduais ativos, inativos e pensionistas. De acordo com Zema, o Executivo encaminhará a proposta, ainda nesta quinta, em regime de urgência, para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) apreciá-la.
O reajuste está previsto para entrar em vigor a partir de maio, com exceção aos servidores da Educação. Neste caso, a correção será retroativa a janeiro. “Uma conquista que se soma à recente incorporação dos abonos e ao pagamento das férias-prêmio. Além disso, enviaremos ao longo do ano um projeto que regulamentará uma bonificação adicional pelo desempenho das escolas e alunos”, diz Zema.
Para os servidores da Segurança Pública, em greve desde a última terça-feira (22), o governador anunciou uma correção para o abono-fardamento. “Também enviarei hoje (quinta-feira) um projeto de lei para a Assembleia para que o abono-fardamento, que hoje é pago em uma única parcela em abril, seja ampliado para três parcelas, a serem pagas em março, junho e outubro, cada uma no valor de 40% da remuneração de um soldado”, detalha Zema.
Além disso, o Executivo também propõe um reajuste ao auxílio-alimentação. “Além da recomposição de 10%, também faremos um reajuste da ajuda de custo recebida pelos servidores civis. Quem recebe hoje R$ 47 de auxílio-alimentação passará a receber R$ 75 por dia, entre auxílio e ajuda de custo”, explica o governador.
No entanto, Zema pondera que o Estado não pode retroceder “ao cenário de desequilíbrio e caos que vigorava há três anos atrás”. “O cobertor das contas públicas é curto e, portanto, o compromisso que faço hoje com os servidores públicos de Minas são conquistas que, neste momento, estão no limite da possibilidade do Estado”, acrescenta o governador.
O chefe do Executivo ainda lembra da dívida herdada de governos passados, que, segundo ele, é de R$ 140 bilhões. “Além de crises e pandemia, desde 2019 estamos equilibrando as contas e arrumando a casa do governo de Minas. No meio disso, ainda tivemos a alta da inflação, que reduziu o poder de compra de todos afetando também os servidores, em especial aqueles que estão há muitos anos sem reajuste salarial”, pontua Zema.
O governador enfrenta em fevereiro manifestações contrárias de várias carreiras do funcionalismo devido às negociações frustradas por recomposição salarial. Além da greve da Segurança Pública, os funcionários do Departamento de Estradas e Edificações de Minas Gerais (DER/MG) cruzaram os braços nesta quinta. Ainda em 3 de fevereiro, os trabalhadores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas (Fhemig) também entraram em greve. Entretanto, após provocação do governo de Minas, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) considerou o movimento ilegal.
Fonte: O Tempo