Manuscrito original do Hino Nacional será exposto no Palácio da Liberdade
Treze de abril foi o Dia do Hino Nacional. Há exatamente 191 anos foi apresentada a primeira versão da letra de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva. Curiosamente, a música se tornou bastante popular, mas o povo não adotou a letra de Silva e cantava o hino com versos próprios. Reza a história que havia diversas versões, todas relacionadas à monarquia.
O Hino Nacional — um dos quatro símbolos oficiais da República, ao lado da Bandeira Nacional, das Armas Nacionais e do Selo Nacional — foi feito em comemoração à renúncia de dom Pedro I, em 7 de abril de 1831. A composição é do maestro Francisco Manoel da Silva, mas a letra só veio em 1909 através de um concurso vencido pelo poeta e professor Joaquim Osório Duque Estrada.
Hoje, os arquivos originais das partituras estão no Conservatório Nacional, no Rio de Janeiro, mas a partir desta terça-feira (19) chegam a Belo Horizonte, sob escolta da Polícia Militar, para serem guardados no Arquivo Público Mineiro, juntamente com os manuscritos dos hinos da Bandeira e da Independência, e expostos, a partir do dia 26, no Palácio da Liberdade.
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Via Liberdade
Essa é apenas uma das novidades que reserva o mês de abril, que pretende ser especial para o turismo em Minas Gerais. Dentro do Ano da Mineiridade, lançado pelo governador Romeu Zema no dia 23 de março, serão abertas as celebrações do bicentenário da Independência, que terá seu ápice em 7 de setembro, e lançada oficialmente a rota Via Liberdade.
No dia 28 será a vez da estreia da ópera “Aleijadinho”, no adro da igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, com a presença da Orquestra Sinfônica, Coral Lírico e Companhia de Dança de Minas Gerais. A concepção e direção é de Julianna Santos. É o retorno do grande escultor brasileiro do período colonial à cidade que viveu e imortalizou suas obras.
Os hinos
Os manuscritos dos hinos chegarão ao hangar do governo na terça-feira (19/4), por volta das 14h, para serem apresentados às autoridades, entre elas o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. Os documentos estarão acondicionados em uma caixa lacrada e com condições ideais de temperatura. Uma pequena cerimônia deverá marcar sua chegada.
Depois os manuscritos, carregados por um alferes, serão escoltados pela Polícia Militar de Minas Gerais até o Arquivo Público Mineiro, na avenida João Pinheiro, no centro da cidade. Os documentos só serão deslocados novamente no dia 26 para o Palácio da Liberdade, desta vez escoltados pelos Dragões da Independência e acompanhados por uma cavalhada.
A caixa com os manuscritos será recebida pelo governador Romeu Zema, em evento que contará com a presença dos governadores do Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Na ocasião, Zema assinará o decreto que lança oficialmente a Via Liberdade, rota turística de 1.170 km ao longo da BR-040 que conectará atrativos dos três Estados e da capital federal, entre eles sete Patrimônios da Humanidade. Posteriormente, os manuscritos ainda percorrerão — e serão expostos — nas cidades da Via Liberdade.
Praça da Savassi
Em 1º de maio, Dia do Trabalhador, um evento marcará o retorno dos grandes eventos aos espaços públicos da capital mineira. A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais realizará um grande concerto na praça da Savassi, que será tomada por mais de 5.000 lugares.
A mesma Filarmônica, regida pelo maestro Fábio Mechetti, regravará os hinos Nacional, da Bandeira e da Independência para serem utilizados a partir de agora em eventos oficiais do governo federal.
Abaixo, o Hino de Aclamação de dom João VI como rei de Portugal, Brasil e Algarves — depois dele vieram os demais hinos, da Independência à República.
Fonte: O Tempo