Covid: ‘Estamos com a doença controlada em Minas’, diz secretário da Saúde
A incidência da Covid-19 por 100 mil habitantes em Minas Gerais chegou a 15 nos últimos 14 dias. Números abaixo de 30 são considerados baixos e indicam que o cenário atual é de controle da pandemia no Estado, avalia o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti. “Podemos afirmar, com tranquilidade, que estamos com a doença controlada em Minas Gerais”, declarou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (29).
O secretário comparou os dados atuais aos do começo da pandemia, quando o vírus ainda circulava relativamente pouco, mas não havia vacinação. “Voltamos a encontrar o início da roda, como se estivéssemos voltando ao início do ciclo que encontramos em março de 2020”, detalhou.
Na última semana, 95% das cidades mineiras — 816 cidades, das 853 — não registraram óbitos por Covid-19. Com esse cenário, o Estado mantém a decisão de desobrigar o uso de máscara a partir deste domingo (1°).
Baccheretti ressaltou que a positividade dos testes de Covid-19, ou seja, quantos dos exames realizados têm resultado positivo, também está em queda. “Hoje, se você estiver ao lado de alguém gripado, a chance de ser Covid é menor do que de ser outra doença. Existe um aumento de doenças respiratórias, com a chegada da frente fria, mas a maior parte desses vírus não são o coronavírus”, disse.
Risco de novas variantes
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), publicado neste mês, concluiu que a chance de surgirem novas variantes potencialmente perigosas do coronavírus nos próximos meses é alta, dada a capacidade de mutação do vírus e sua intensa circulação. Especialistas concordam que é questão de tempo para que novas variantes sejam descobertas, porém elas não serão necessariamente mais letais ou transmissíveis. Uma das maiores preocupações da comunidade científica é que surja uma variante com habilidade de escapar à imunidade adquirida com a vacinação.
O secretário estadual de Saúde, Fábio Bacchretti, avalia que a probabilidade de variantes preocupantes sugirem no Brasil é menor do que em países com baixas taxas de vacinação, já que, quanto mais pessoas o vírus infecta, mais chances ele tem de sofrer mutações. Por isso, na perspectiva do secretário, mesmo que surjam novas variantes haverá tempo hábil para que o Estado se prepare.
“Minas Gerais está preparado para em caso de urgência. Nós temos indicadores como taxa de ocupação, número de pacientes internados proporcional ao número de doentes, mas temos chance de tomar atitudes. Mas é pouco provável que a gente tenha um novo pico tão intenso como o da ômicron”, detalhou, durante a coletiva de imprensa.
Fonte: O Tempo