Guedes diz que parcela extra do Auxílio Brasil será paga no início de agosto
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14) que a parcela extra de R$ 200 do Auxílio Brasil deve começar a ser paga no início de agosto. Segundo ele, no próximo mês os pagamentos serão feitos em duas parcelas. De setembro até dezembro, os valores serão depositamos em uma só parcela mensal, já no valor de R$ 600.
“Se ainda há uma população vulnerável que precisa de recursos, porque subiu o preço da comida, o preço da conta de luz, o preço da energia, o preço do transporte, a medida tecniamente correta e seguindo o protocolo que fizemos durante a pandemia, fizemos a mesma coisa. Criamos os vouchers. Criamos a transferência direta de renda, que é a forma técica correta de atacar o problema. Onde estao os vulneráveis? Eram 18 milhões de família: primeiro zeramos a fila de quem estava habilitada. Agora são 19,1 milhões de famílias. Segundo: aumentamos 50% o Auxílio Brasil. Em vez de R$ 400, agora são R$ 600. Logo no início de agosto estão todos recebendo essa parcela adicional e, de setembro em diante, tudo sincronizado em uma parcela já de R$ 600”, disse Paulo Guedes, sem detalhar como isso seria feito.
Inicialmente, a expectativa era a de que o Auxílio Brasil fosse pago no valor de R$ 600 no dia 18 de agosto, em parcela única. Contudo, a entrevista do ministro da Economia deixa dúvidas se a estratégia mudou para acelerar o impacto da medida. Os aliados do presidente Jair Bolsonaro correm para viabilizar o pagamento mais rápido para que o presidente possa colher benefícios na disputa eleitoral.
O aumento temporário do Auxílio Brasil foi aprovado na PEC Kamikaze, ou PEC das Bondades, aprovada em segundo turno na Câmara quarta-feira (13). O texto será promulgado nesta quinta-feira (14). Além do aumento do benefício, ainda foi dobrado o valor do vale-gás, criado um voucher caminhoneiro de R$ 1.000 e um auxílio a taxistas. O governo também aprovou o subsídio ao transporte público urbano e metropolitano.
Na entrevista, Paulo Guedes elogiou a PEC Kamikaze, dizendo que o nome havia sido dado pela equipe econômica quando o escopo era outro, com a criação de um fundo de estabilização. Ele afirmou que antiga versão determinava um gasto anual de R$ 120 bilhões, permanente, enquanto a atual gera uma despesa temporária de R$ 41 bilhões. Segundo ele, como foi feita, a PEC não prejudica a saúde das contas públicas brasileiras.
Fonte: O Tempo