Censo 2022 começa com déficit de 30% de recenseadores em Minas

O Censo 2022 começou, nesta segunda-feira (1º), com um déficit de cerca de 30% de recenseadores, as pessoas que conduzem as entrevistas da pesquisa, em Minas Gerais. O levantamento demanda 183 mil profissionais nacionalmente. Só em Minas, são 18,9 mil e faltam cerca de 3.000, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em BH, onde serão 2.264 pesquisadores, a equipe está mais completa, com pelo menos 2.000 pessoas

A falta de recenseadores é histórica, segundo a chefe da unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Minas, Maria Antônia Esteves da Silva. Mas, nesta edição do Censo, avalia ela, o déficit está mais acentuado. A instituição ainda não tem um diagnóstico do que pode ter acentuado o déficit, porém Esteves levanta algumas hipóteses. “No treinamento, há um esvaziamento muito grande por conta dos benefícios do governo que as pessoas recebem. Ou as pessoas optaram por trabalhar como MEI”, diz. Os recenseadores recebem por produção e o valor varia segundo as características dos locais percorridos — se é rural ou urbano, por exemplo.

O número de recenseadores deve aumentar rapidamente, diz Esteves, que espera que, nos próximos dias, o tamanho do déficit já tenha diminuído. Às  vésperas do Censo, na última semana, o IBGE abriu mais um processo seletivo para contratação de 15 mil recenseadores — ele permanece aberto até esta quarta-feira (3). Exige-se ensino fundamental completo para as vagas, que demandam dedicação de pelo menos 25 horas semanais. “Com certeza, vamos ter processos seletivos até o final do Censo”, completa Esteves.

Fonte: O Tempo