Tempestade geomagnética deve atingir a Terra nesta quinta-feira (18)
Duas ejeções de massa coronal (CME) que saíram do Sol no último domingo (14) e na segunda-feira (15), devem atingir a Terra nesta quinta-feira (18), segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos EUA.
Uma vez que viajam pelo espaço, as partículas das explosões podem se fundir em uma espécie de “canibalização” — o que forma uma CME ainda mais forte. As CMEs canibais contêm campos magnéticos emaranhados e plasmas comprimidos que podem desencadear fortes tempestades geomagnéticas.
Na escala de clima espacial da NOA, que vai de 1 a 5, o índice geomagnético esperado para hoje é G3 — considerado forte.
Como impacto potencial, podem ocorrer oscilações fracas da rede elétrica e a aurora boreal pode ser visível em altas latitudes, como Canadá e Alasca.
A tempestade geomagnética deve se estender até amanhã, mas em escala menor. Segundo a NOAA, o índice deve ser G2.
As tempestades de nível G1 podem causar flutuações fracas na rede elétrica, impactar as operações de satélites e animais migratórios e até produzir auroras.
Já as classificadas como G2 são relativamente mais intensas e podem resultar em alarmes de tensão em sistemas de energia de alta altitude e até causar danos ao transformador se durarem muito.
Eles também podem impactar as operações da espaçonave e interromper a propagação de rádio de alta frequência.
O que são tempestades geomagnéticas
Uma tempestade geomagnética é um grande distúrbio da magnetosfera (campo que protege a Terra de condições climáticas interplanetárias) terrestre que ocorre quando há uma troca muito eficiente de energia do vento solar para o ambiente espacial ao redor do planeta, segundo o Centro de Previsão de Clima Espacial, da NOAA.
Esses eventos resultam de variações no vento solar que produzem grandes mudanças nas correntes, plasmas e campos na magnetosfera terrestre.
As condições de vento solar que são eficazes para criar tempestades geomagnéticas são sustentadas (por várias ou muitas horas) em períodos de vento solar de alta velocidade e, mais importante, um campo magnético de vento solar direcionado para o sul (oposto à direção do campo da Terra) no lado do dia da magnetosfera.
Neste caso, a condição é eficaz para transferir energia do vento solar para a magnetosfera da Terra.
As maiores tempestades que resultam dessas condições estão associadas a ejeções de massa coronal solar — onde cerca de um bilhão de toneladas de plasma do Sol, com seu campo magnético incorporado, chegam à Terra.
Normalmente, as CMEs normalmente levam vários dias para chegar à Terra, mas foram observadas, que em algumas das tempestades mais intensas, elas chegarem em 18 horas.
Fonte: CNN Brasil