Fuja do golpe: saiba como identificar uma nota falsificada

Ao menos R$ 25 milhões deixaram de circular no mercado brasileiro somente no ano passado devido a um crime mais comum do que se imagina: a falsificação de dinheiro. Em 2021, foram 308.454 notas falsas identificadas e recolhidas pelo Banco Central (BC) no país, conforme a autarquia federal. Isso impediu novas compras e, consequentemente, a arrecadação de impostos, que são usados para o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), entre outras aplicações.

Na loja de doces e de artigos para festas de Lincon Lacerda, de 31 anos, localizada no bairro Industrial, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, duas cédulas falsas já foram capturadas pelo empresário – uma de R$ 100, em 2019; e uma de R$ 50, no ano passado. Uma, ele rasgou; e a outra, confiscou.

No entanto, o prejuízo pode ser bem maior, segundo o comerciante, já que outras moedas inverídicas podem ter circulado pelo local, passando despercebidas pela equipe: “Temos a ‘caneta que risca’ e a lanterna de luz azul (instrumentos para auxílio na identificação das cópias), mas, às vezes, a loja está cheia, e passa batido”, conta.

Ao suspeitar da legitimidade de uma cédula que tiver em mãos, o indivíduo deve ir até qualquer agência bancária e entregar a nota, explica Giovanni Rezende, gerente técnico do Meio Circulante do BC. “O caixa desse banco vai reter esse exemplar, vai emitir um recibo com os principais dados do cidadão e vai encaminhar essa cédula para o BC, que fará uma análise. Se a cédula for legítima, haverá o reembolso (da nota) para o cidadão. Se for falsa, não haverá o reembolso”, afirmou.

Repassar uma nota falsa a outras pessoas ou comércios é crime com pena de até dois anos. Por isso, é tão importante estar atento aos elementos de segurança das notas (veja abaixo): quem receber uma falsa terá prejuízo.

Conforme o Artigo 289 do Código Penal, falsificar dinheiro é crime com pena prevista de 3 a 12 anos de detenção. Quem repassa cédula falsificada pode ser condenado de seis meses a dois anos de prisão.