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Novembro Azul: câncer de próstata afeta 1 a cada 6 homens

Redação28 de outubro de 20226min0
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Devido à alta incidência da doença, é fundamental fazer o checape anual para diagnóstico precoce e maior chance de cura

O câncer de próstata é a segunda doença maligna mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele. A boa notícia é que, quando diagnosticado ainda em fase inicial, isto é, restrito aos limites da próstata, a probabilidade de cura fica acima de 90%. Por isso, o mês de novembro é dedicado a relembrar os homens sobre a importância do exame de rotina.

De acordo com o urologista do HCor, instituição filantrópica que atua em mais de 50 especialidades médicas, Antonio Corrêa Lopes Neto, a idade ideal para iniciar o checape pode ter uma pequena variação. “Em geral, o recomendado é que homens comecem a fazer os exames a partir dos 50 anos. No entanto, caso haja histórico da doença na família, recomendamos antecipar para 40-45 anos. Da mesma forma, indivíduos da raça negra devem se preocupar mais precocemente também”, orienta.

Para verificar a saúde da próstata, o médico pode solicitar três exames: dosagem do PSA no sangue (um biomarcador de câncer), exame de toque prostático e, eventualmente, ressonância da próstata. “Habitualmente, a neoplasia de próstata não apresenta sinais em uma fase inicial. Por isso, sempre explicamos para os homens que a ausência de sintomas não exclui a possibilidade de ser portador dessa doença. Apenas com os exames é que poderemos avaliar adequadamente”, alerta o Antonio Corrêa Lopes Neto.

Havendo suspeita da doença a partir do checape, o médico solicita a biópsia da próstata, para verificar se há malignidade e avaliar a melhor conduta para combater o câncer. “Atualmente, existem excelentes opções de tratamento para todos os estágios da doença. O avanço tecnológico e o melhor conhecimento da anatomia prostática resultaram em cirurgias menos mórbidas, com menores complicações e ótimos resultados oncológicos-funcionais. A radioterapia também passou por uma grande evolução e apresenta bons resultados com poucas complicações. Hoje, também contamos com uma grande variedade de medicamentos eficientes, principalmente para doenças mais avançadas”, explica o médico.

Impacto da pandemia

Durante a crise sanitária da COVID-19, houve uma grande redução dos exames de rotina, entre eles o de dosagem de PSA no sangue. Na comparação com janeiro a setembro de 2019, o HCor registrou uma redução de quase 30% em 2020 e de mais de 7% em 2021. Apenas neste ano é que a instituição apresentou um crescimento de cerca de 5%, comparado ao mesmo período de 2019.
“Ao postergar o checape, aumenta-se a chance de diagnosticar o câncer já em estágio mais avançado. O ideal é que os exames sejam realizados todos os anos, a partir da idade recomendada pelo médico. A coleta do sangue para a dosagem de PSA, por exemplo, pode ser feita até mesmo na própria residência do paciente”, ressalta o Dr. Neto.

Alerta vermelho

Ainda que o câncer de próstata não apresente sintomas em estágios iniciais, devido ao atraso de exames ocasionado pela pandemia de COVID-19 e ao constrangimento dos homens em fazerr o exame de toque prostático, podem ser percebidas algumas alterações, como:
  • Ardência ou dor ao urinar
  • Micção frequente
  • Gotejamento de urina após micção
  • Fluxo urinário fraco ou interrompido
  • Vontade de urinar frequentemente à noite (nictúria)
  • Sangue na urina ou no sêmen
  • Disfunção erétil
  • Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos
  • Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés

“Ao notar qualquer mudança é necessário procurar um médico para fazer os exames adequados e descobrir a causa. Quanto antes o problema for diagnosticado, maiores serão as chances de cura e menores serão os impactos na qualidade de vida”, comenta o urologista do HCor, Antonio Corrêa Lopes Neto.

Fonte: Estado de Minas

Redação


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