Produtores e agricultores familiares recebem recursos para projetos de proteção ao meio ambiente
RedaçãoUm grupo de 13 pessoas, entre produtores e agricultores familiares de 25 propriedades rurais de Piumhi, no Sul de Minas Gerais, receberá nesta quinta-feira (10/11) o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) por obras realizadas em suas terras. Os recursos são do Programa Produtor de Água da Agência Nacional de Águas (ANA), que abriga o Projeto Araras – Produtor de Água.
O trabalho tem por objetivo a recuperação e preservação da bacia hidrográfica do Ribeirão Araras, principal manancial de captação de água da cidade de Piumhi. O pagamento, que ocorre anualmente, será realizado às 19h em uma cerimônia no Rotary Club do município, na Rua Padre Adel, número 58, centro de Piumhi.
O Programa Produtor de Água da Ana usa o conceito de PSA, que estimula os produtores a investirem no cuidado do trato com as águas, recebendo apoio técnico e financeiro para implementação de práticas conservacionistas. O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) participa da iniciativa, que teve as primeiras ações em 2019.
“O nosso escritório, em Piumhi, tem um contrato de prestação de serviços técnicos junto ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Fazemos a revisão dos projetos individuais de propriedades, fiscalização e acompanhamento das obras, realizadas por uma empresa contratada pela SAAE para a construção de cercas, barraginhas e fossas biodigestoras, recuperação de estradas e outras intervenções”, explica o extensionista agropecuário, Sérgio Marcelino Silva. Ele acrescenta que todo o trabalho desenvolvido conta com apoio de extensionistas dos escritórios da empresa, na região.
Segundo Marcelino, cada produtor vai receber um valor calculado individualmente para cada propriedade. “Será de acordo com critérios técnicos, dentro das características de modalidade de conservação de cada propriedade”, conta.
Até o momento, o projeto já construiu 141 barraginhas para contenção das águas das chuvas; 17 fossas biodigestoras, 9.134 metros lineares de cercas para proteção de nascentes e áreas de preservação; 9.134 metros lineares de aceiros, além de 4,8 mil metros quadrados de adequações de estradas vicinais dentro das propriedades dos produtores participantes do projeto.
Para o extensionista da empresa mineira de extensão rural, a expectativa é que essas intervenções tenham impacto positivo, no médio e longo prazo, desde que as ações conservacionistas sejam mantidas. “Para os produtores, a preservação de nascentes, áreas de matas, contenção de águas pluviais, evitando erosões de solos e o saneamento adequado, por meio de fossas biodigestoras. Para população no geral é manter os níveis de captação de água do rio, evitar o assoreamento a partir da construção de barraginhas e assim impedir que os sedimentos sejam descarregados no leito do rio”, pontua.
Perfil rural de Piumhi
Várias atividades são desenvolvidas na área rural do município de Piumhi. Pastagem, plantio de grãos em rotação de cultura, cafeicultura, bovinocultura, horticultura. No geral, segundo avaliação do técnico Sérgio Marcelino, as propriedades são bem conservadas, com bom manejo nas áreas de desenvolvimentos de atividades e vegetação em bom estado. “Porém existem áreas com necessidade de recuperação”, salienta. Os produtores participantes do projeto trabalham com cafeicultura, bovinocultura, horticultura e eucaliptocultura. O escritório da Emater-MG local atende mais 200 agricultores familiares, em todo o município.
Fonte: Agência Minas
