Lago de Furnas está abaixo da cota mínima esperada mesmo durante período chuvoso
O Lago de Furnas está com nível abaixo da cota mínima esperada pelos 34 municípios banhados pela represa, mesmo durante o período chuvoso. Segundo a Associação do Lago, a explicação se deve ao aumento na vazão da água durante o último mês.
Em outubro, Furnas registrou 59,9% do volume útil, melhor marca para o mês nos últimos dez anos. Em novembro o nível caiu, e no dia 21 estava em 56,74% do volume útil. Mesmo com chuvas regulares, atualmente, o lago está abaixo da cota mínima.
Segundo o professor universitário, Antônio Carlos Mendonça Nunes, o baixo nível prejudica muito aos frequentadores, pessoas que moram na beira do lado e às estruturas existentes.
“Não tem previsibilidade. Toda estrutura de apoio a embarcações, casas, toda construção civil regional se baseia no meio ambiente aquaviário, nessas águas. Está associado à economia náutica”, disse.
Mesmo durante período de chuvas, reservatório de Furnas está abaixo do nível
O vice-presidente da Alago (Associação dos Municípios do Lago de Furnas), Filipe Carielo, afirmou que para resolver o problema, a vazão de água liberada deveria ser limitada, e que as chuvas não estão sendo suficientes para repor o nível.
“Está saindo muito mais água do que está entrando, mesmo com o período chuvoso. Pra se ter uma ideia, a Agência Nacional das Águas por uma influencia dos prefeitos, deputados e senadores teve uma limitação de 300 m³ por segundo, e nos últimos dias chegou a sair 1500 m³ por segundo, então não adianta chegar nesse período chuvoso se a vazão estão ilimitada”, explicou.
Em nota, a Eletrobras Furnas afirmou que cumpre as determinações dos órgãos reguladores na operação das usinas. Também informou que os níveis dos reservatórios e a energia distribuída são programados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, responsável por operar o conjunto de reservatórios brasileiros de forma integrada, com o objetivo de garantir o fornecimento de energia.
Fonte: G1 Sul de Minas