Empresa cria útero artificial para fabricar bebês em massa; entenda
Você já imaginou um bebê sendo ‘produzido’ em uma fábrica? Um vídeo de instalação 100% tecnológica capaz de carregar e parir fetos humanos fora do corpo humano chamou a atenção da internet, nesta semana, que questionam o futuro da gestação. As informações são do jornal britânico Metro.
Nas imagens, é possível ver uma fila de bebês crescendo dentro de algo que parece casulo. A iniciativa faz parte de um conceito idealizado pelo alemão Hashem Al-Ghaili, um biotecnólogo. Segundo ele, a fábrica ofereceria uma maneira para os pais produzirem bebês personalizados. Contudo, apenas restrições éticas estão impedindo a implementação.
Chamado de EctoLife, a “primeira instalação de útero artificial do mundo” é apenas um conceito, que produziria até 30.000 bebês por ano e contaria com a possibilidade de edição de genes.
Em entrevista ao The Mirror do Reino Unido, Al-Ghaili argumenta que tal recurso ajudaria os países que enfrentam um grave declínio populacional.
O conceito de EctoLife é baseado em mais de cinquenta anos de “pesquisa científica inovadora” por pesquisadores em todo o mundo, diz Al-Ghaili.
A instalação – que funcionaria com energia renovável – planeja abrigar 75 laboratórios, cada um equipado com até 400 cápsulas de crescimento ou úteros artificiais, relata o jornal Metro do Reino Unido.
Esses casulos são projetados para fornecer o mesmo ambiente que está presente dentro do útero da mãe. Além disso, os pais podem acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê por meio de uma tela nos pods que exibe dados em tempo real.
Os dados também podem ser monitorados por meio de um aplicativo no telefone e durante o parto, o bebê pode ser retirado da cápsula com o “aperto de um botão”.
“O sistema baseado em inteligência artificial também monitora as características físicas de seu bebê e relata qualquer anormalidade genética em potencial”, disse Al-Ghaili ao Mirror.
“EctoLife oferece uma alternativa segura e indolor que ajuda você a dar à luz seu bebê sem estresse. O processo de entrega é tranquilo, conveniente e pode ser feito com apenas o apertar de um botão. Depois de descarregar o líquido amniótico do útero artificial, você poderá remover facilmente seu bebê da cápsula de crescimento”, explicou Al-Ghaili.
O biotecnólogo acredita que as instalações de útero artificial podem se tornar realidade em 10 anos ou mais se as restrições éticas forem removidas. “Cada recurso mencionado no conceito é 100% baseado em ciência e já foi alcançado por cientistas e engenheiros”, revelou o cientista.
“A única coisa que resta é construir um protótipo combinando todos os recursos em um único dispositivo. “Em termos de prazo, depende muito das diretrizes éticas. No momento, a pesquisa em embriões humanos não é permitida além de 14 dias. Após 14 dias, os embriões devem ser destruídos por questões éticas”, explicou.
“Se essas restrições éticas forem relaxadas, dou 10 a 15 anos para que o EctoLife seja amplamente utilizado em todos os lugares do mundo”, finalizou.
Fonte: O Tempo