Autismo: festas de fim de ano e o barulho excessivo – neuropediatra

O período de festas no fim de ano pode se transformar em momentos difíceis para as crianças do espectro autista. Por terem maior sensibilidade a sons, luzes e contato físico, os autistas precisam de apoio e compreensão. Mas como os pais podem lidar com os desconfortos neste momento?

90 perguntas para fazer aos filhos enquanto crescem

Em livro infantil, neuropediatra Luciane Baratelli propõe dinâmica de questionamentos para entender os sentimentos dos pequenos

Brincar, correr, gargalhar, chorar, falar… A infância pode até ser considerada um período importante de expressão, mas como interagir e se conectar com o íntimo dos pequenos, ao ponto ajudá-los a decifrar inquietações, superar angústias ou apoiar metas e sonhos? A médica neuropediatra, escritora e influenciadora Luciane Baratelli, afirma que esta é uma dificuldade comum dos pais que recorrem ao consultório.

O que poucas famílias sabem é que ações simples no dia a dia podem dar conta dessa aproximação. No livro Antes que você cresça, a médica propõe uma prática simples e eficaz: perguntar. A obra dá espaço para que as crianças opinem e abram o coração ao responderem por escrito – ou os pais, quando ainda não alfabetizadas – e sem pressa a 90 perguntas, como “o que você quer ser quando crescer?”, “qual foi o dia mais triste da sua vida?” ou “qual parte da escola você mais gosta?”.

Crianças muitas vezes têm dificuldade de expressar os seus sentimentos
e não conseguem nos contar espontaneamente se não forem perguntadas
diretamente sobre o que estão sentindo. Ajudará também a conhecer os
seus sonhos para que você possa apoiá-los e a saber o que as fazem felizes,
para multiplicar esses momentos. (Antes que você cresça, p. 4)

Com mais de dez anos de atendimento clínico infantil, Luciane quis oferecer às famílias uma ferramenta para ser usada ao longo do desenvolvimento dos filhos. Antes que você cresça é uma oportunidade de ficar a par das percepções e sentimentos das crianças sobre escola, família e amigos. É o que ela mesma fez para se conectar mais com as filhas Fernanda e Ana Clara, de seis e três anos. Além disso, a obra é uma forma de eternizar as memórias da infância.

O trabalho na literatura também é uma extensão do conteúdo produzido e compartilhado nas redes sociais. No perfil Neuro sem Neura, a médica leva dicas sobre saúde mental, sono e desenvolvimento na infância, e tira dúvidas dos mais de 150 mil seguidores – na maioria pais e mães que a acompanham diariamente.