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Brasil precisa de 77 mil profissionais na área industrial, segundo pesquisa

Redação27 de janeiro de 20237min0
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Diante desta situação, Senai-MG vai abrir 30 mil vagas gratuitas em cursos técnicos, a partir de fevereiro

Enquanto as empresas gigantes do setor de tecnologia como Amazon, Google e Microsoft anunciaram a demissão de milhares de funcionários em todo o mundo, desde o fim do ano passado, diversas multinacionais estão com vagas de trabalho abertas no Brasil no setor industrial, principalmente nesta área de informática.

A Netflix, maior empresa de TV paga do mundo e streaming do mundo, está com processo seletivo aberto para quem quer trabalhar nos setores de engenharia, finanças e tecnologia na sede da companhia em Alphaville, São Paulo. Já a Nestlé abriu 60 postos de trabalho em home office para as áreas de tecnologia da informação, vendas, técnica e produção, entre outras.

Outra empresa com oportunidades abertas é o Laboratório Teuto, que oferece mais de 90 vagas de emprego para as áreas de tecnologia, manutenção e produção. O contratado vai trabalhar na sede da empresa em Anápolis, interior de Goiás.

A Suzano, líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto, também anunciou nesta semana que precisa de profissionais com formação profissionalizante ou técnica em mecânica. As oportunidades são para os Estados de São Paulo, Maranhão e Espírito Santo.

Mas afinal, por que há tantas vagas abertas no Brasil nestes setores? O problema está na falta de mão-de-obra especializada. Segundo o Observatório Nacional da Indústria, o país vai precisar capacitar mais de 77 mil técnicos em 2023 para atuar nas oportunidades de base industrial. O gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra, explica que quem se forma nestas áreas sai em vantagem no mercado.

“O que observamos é que mesmo os setores mais tradicionais, como construção e metalmecânica, continuam demandando muitos técnicos, e que as mudanças tecnológicas já estão impactando o perfil do profissional, com o crescimento de áreas como TI (tecnologia da informação) e eletroeletrônica”, avalia Guerra.

Os cursos técnicos têm duração média de um ano e meio, podendo chegar a dois anos, e o pré-requisito é o aluno estar cursando ou já ter o ensino médio completo. Eles preparam o indivíduo para o exercício de uma profissão por meio de uma metodologia de ensino bastante prática e voltada para o mercado de trabalho.

O gerente de Educação e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG), Ricardo Aloysio, garantiu que serão abertas de 20 mil a 30 mil vagas em cursos gratuitos no Senai a partir de fevereiro, em Minas Gerais.

“Em 2022, o Senai teve cerca de 53 mil cadastrados em cursos técnicos. Agora vamos abrir outras milhares de vagas em todo o Estado. Os cursos são gratuitos, em parceria com o programa Trilhas de Futuro, do Governo de Minas. O aluno não paga nada e ainda recebe uma ajuda de custo de 18 reais por dia”, explica.

Para se cadastrar, o interessado deve entrar no site do Senai-MG, a partir do próximo mês. “Vamos oferecer cursos para todas as áreas que estão com falta de mão-de-obra, tendo como base uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria)”, afirma.

Setores em crescimento em MG

Além da tecnologia, a área de mineração é outra na lista dos segmentos que mais geram empregos para profissionais especializados em Minas Gerais. Por isso, o diretor executivo da Tailor, empresa de consultoria em pessoas, Bruno da Matta Machado, recomenda a escolha de cursos neste segmento. “O Estado tem a mineração como principal motor econômico, então, sem dúvida alguma as mineradoras e toda a cadeia (siderúrgicas, equipamentos, etc) demandarão muita mão-de-obra”, explica.

Machado lista mais áreas em crescimento no Estado. “Outras indústrias têm fortalecido a atuação em Minas e gerado oportunidades, como a farmacêutica e a química”, revela. E ele confirma que a falta de capacitação prejudica muito o país. “A mão-de-obra qualificada e especializada sempre foi um gargalo para a economia brasileira. Então, ainda é baixo o volume de profissionais capacitados chegando no mercado, devido ao surgimento de demanda por novos perfis profissionais, pelo crescimento e transformações da indústria nos últimos anos”, analisa.

O setor de logística será outro a gerar muitas vagas de trabalho no país em 2023, segundo o  gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra. “A pandemia exigiu do setor industrial uma nova forma de organização da cadeia produtiva. São profissionais que monitoram dados e informações para garantir que o processo produtivo tenha menor custo e melhor entrega”, resume.

Fonte: Portal UAI

Redação


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