Ministro da Agricultura diz que não há motivos para se preocupar com o ‘Mal da Vaca Louca’
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, disse ontem (23) que não há motivos para preocupação com relação ao consumo de carne bovina no Brasil, uma vez que todas as providências cabíveis envolvendo o caso da Vaca Louca, confirmado em Marabá, no Pará, estão sendo tomadas. “Além disso, somos classificados pela OIE com o grau de risco “insignificante” para a doença, numa escala em que existe o “risco controlado” no qual se enquadram alguns países da Europa, sendo a pior situação a do “risco desconhecido”.
Também, ontem, Fávaro recebeu o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para prestar esclarecimentos sobre o trabalho que está sendo desenvolvido pelo governo brasileiro para monitoramento do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecido como o Mal da Vaca Louca.
Conforme o protocolo sanitário estabelecido entre os países, que possuem entre si a maior relação comercial da carne bovina brasileira, as exportações para a China estão temporariamente suspensas. As informações acerca do caso estão sendo, atentamente, acompanhadas pelos dois países.
“O governo do Brasil preza muito pelo respeito a seus parceiros. Queremos continuar garantindo o suprimento de produtos de alta qualidade e sabemos das nossas obrigações e deveres, fazendo isso com total transparência, determinação e agilidade”, explicou o ministro.
China aprova postura
O embaixador chinês destacou que aprecia o fato do Brasil ter cumprido prontamente o protocolo sanitário e reforçou a intenção de promover a cooperação agrícola entre os países, tendo em vista que o comércio da carne bovina brasileira é muito importante para ambos. A China é o principal destino das exportações e, da mesma forma, a proteína do Brasil é o principal mercado para os consumidores chineses.
Secretário diz que bloqueio é necessário e que consumo interno não será afetado
Em Minas, o sub-secretário de política e economia agropecuária João Ricardo Albanez explica que o bloqueio momentâneo da exportação para a China é necessário. ‘Acho fundamental a transparência com que o governo brasileiro está tratando o caso. O consumo interno, na opinião dele, não será afetado. “Não acredito que o consumo no Brasil vá sofrer influência, trata-se de uma situação temporária que rapidamente voltará à normalidade”.
Em 2022, no acumulado de janeiro a dezembro, as exportações mineiras de carne bovina alcançaram R$ 1 bilhão e 400 milhões com o embarque de 33 mil toneladas de carne. “No ano passado, nós exportamos para 69 países, sendo o principal importador, a China, com 32% das receitas, seguido de Estados Unidos, Hong Kong, Egito e Singapura, sendo a China com 72% das exportações totais”.
Fonte: Itatiaia