No Dia do Pão Francês, saiba por que ele tem esse nome no Brasil
Nesta terça-feira (21) comemora-se o Dia do Pão Francês, item gastronômico que não falta na mesa dos brasileiros, principalmente no café da manhã, e que é o carro-chefe das padarias.
De receita tipicamente brasileira, o pãozinho é versátil e pode ser feito na chapa com manteiga, acompanhar uma sopa, ser base para sanduíches e cachorros-quentes. Apesar de ter sido criado no Brasil, leva nome de um país europeu, mesmo que não
exista por lá.
POR QUE O PÃO FRANCÊS TEM ESSE NOME?
A receita data do fim do século 19, quando a elite endinheirada do país se inspirava na cultura francesa. Por aqui, a mesa ainda era povoada majoritariamente pelos pães rústicos dos imigrantes portugueses e italianos, mas os filhos dos grandes proprietários de terras, que estudavam em Paris, voltavam para casa encantados com as delicadas baguetes francesas.
“As cozinheiras da época não tinham como reproduzir aquele pão. Das adaptações possíveis, nasceu o pãozinho francês”, conta Viviane Lima, historiadora do Centro de Memória Bunge, multinacional proprietária dos primeiros moinhos de trigo do Brasil.
Mas o formato atual demorou a aparecer. Os primeiros pães franceses eram maiores e mais alongados. “Também conhecidos como bengalas, filões ou baguetes, pesavam entre 400 e 500 gramas. O formato atual surgiu de 40 anos para cá”, diz Antero José Pereira, presidente do Sampapão.
QUAL É A RECEITA BÁSICA?
Farinha, sal e fermento. Pode levar também gordura (manteiga, óleo ou banha suína), que deixa a casca mais crocante, e açúcar, que turbina a coloração dourada.
O QUE É O TAL BROMATO?
Proibido desde 2001 pelos riscos à saúde, o bromato de potássio infla exageradamente a massa — quando a casca é quebrada, o pão parece oco. Mas a substância não foi totalmente banida da indústria. Volta e meia, a Anvisa apreende pré-misturas que contêm bromato.
Fonte: Portal UAI