41% dos brasileiros espionaram celular do parceiro
Quatro em cada 10 brasileiros que informam estar em um relacionamento romântico admitem já ter espiado o aparelho do parceiro sem autorização. O resultado é de uma pesquisa online da Avast, que entrevistou mil usuários. Entre eles, 61% tiveram acesso ao smartphone do companheiro — desse total, 41% o fizeram sem permissão.
Mesmo assim, 69% concordam que não podem acessar o dispositivo do parceiro sem consentimento. Essa prática é uma violação de privacidade e pode até se tornar uma vulnerabilidade na segurança digital. Javier Rincón, gerente regional para a América Latina da Avast, destaca que nenhuma forma de espionagem é aceitável. “Qualquer acesso indesejado é violação de privacidade”, reforça.
Segundo o estudo, 23% dos participantes admitiram ser intrometidos, 3% o fizeram para instalar um aplicativo sem o conhecimento do companheiro e 2% queriam verificar onde ele estava fisicamente em um determinado momento e local. “Os números podem parecer baixos, mas esse comportamento pode representar um problema, psicológica e até fisicamente, para os espionados”, diz Rincón.
Acesso autorizado
Nem todos os que verificaram o dispositivo do parceiro o fizeram escondido. O levantamento aponta que 53% sabiam a senha porque o companheiro havia informado e 24% encontraram o aparelho sem proteção. Por outro lado, 7% memorizaram o código do parceiro, 6% o enganaram para desbloquear o celular e 1% usaram a impressão digital dele enquanto ele dormia para desbloquear o aparelho.
Entre aqueles que espionaram o telefone do companheiro, 16% encontraram evidências de que ele escondia algo. Já 25% dos participantes admitiram ter brigado por algo descoberto na ação. Aplicativos de galeria de fotos e vídeos foram os mais acessados (49%). Em seguida, vêm apps de mensagens de texto ou similares (39%) e redes sociais como Facebook e Instagram (37%).
Como manter a privacidade do celular
Rincón destaca algumas dicas para quem quer proteger dispositivos móveis e evitar que sejam acessados de forma indesejada. Veja:
- senha: senhas, padrões e biometria protegem os aparelhos de acesso indevido;
- app lock: diferentes apps permitem adicionar proteção extra ao exigir PIN, senha ou biometria;
- ferramentas de segurança: aplicativos de segurança detectam apps espiões e ajudam a removê-los.
Fonte: Itatiaia