Ataques de abelhas aumentaram 80% em Minas Gerais; veja como se proteger
Minas Gerais registrou um aumento de mais de 80% nos ataques de abelhas nos quatro primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. Os casos com feridos vem espalhando medo entre os moradores de diversas regiões de Belo Horizonte, com registros em bairros bastante populosos da capital, como Carlos Prates, na região Noroeste, e Serra, na região Centro-Sul.
Os dados são referentes aos atendimentos feitos pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, de janeiro a abril de 2022 foram 11 chamados para socorrer pessoas atacadas. Até o momento, este ano já teve 20 registros, sendo 10 deles somente no mês de abril. O aumento no período foi 81,8%.
Segundo o veterinário Leonardo Bôscoli Lara, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é importante evitar comportamentos que possam fazer com que as abelhas sintam-se ameaçadas. “A picada é o instinto de defesa do animal”, pontua. Ele alerta que nunca devemos matar o inseto. Isso porque as abelhas, quando morrem, liberam um hormônio que atrai outras abelhas, potencializando os ataques.
O especialista lembra que, quando ferroam, as abelhas morrem. “Logo, [picar] é a última coisa que elas querem fazer”, prossegue. Leonardo também informa que o ataque não é direcionado apenas para quem eventualmente ameaçou os insetos. “As abelhas vão atrás de qualquer coisa que está mexendo, qualquer animal ou pessoa que estiver ali, sofrerá”, ressalta.
Confira algumas dicas para evitar ataques:
Perfumes e comidas
Em alguns casos, o contato do ser humano com as abelhas pode estar relacionado a certos tipos de perfume e comidas açucaradas. “As fragrâncias com cheiro de flores e os produtos com açúcar atraem as abelhas”, detalha. Por isso, o cuidado deve ser redobrado ao comer em espaços abertos, como parques e praças.
“Se você passar perto de uma colmeia e abrir uma garrafa de refrigerante, os insetos vão ser atraídos. Agora, se for um refrigerante zero, o mesmo não ocorrerá. Se você tiver usado um perfume com um cheiro parecido com aquele da flor que a abelha se sente atraída, acontecerá o mesmo”, exemplifica o especialista.
Fuja em ataques
Caso perceba um ataque de abelhas, fuja o mais rápido possível, recomenda o tenente Macedo, do Corpo de Bombeiros, que atuou na captura dos insetos nesta quinta-feira no bairro Serra, em BH. “Retire-se do local. Além disso, procure atendimento hospitalar. É sempre importante que a pessoa identifique, de forma prévia, se ela tem alguma alergia associada”, reforça.
O veterinário Leonardo Bôscoli Lara completa: “Se ver uma concentração de abelhas ou uma colmeia, passe longe. As picadas são raras e ocorrem quando o ser humano chega muito perto do enxame”, conclui.
Fonte: O Tempo