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Estradas em má qualidade se tornam obstáculo para agronegócio mineiro

Redação8 de maio de 20235min0
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Em audiência na Assembleia Legislativa de Minas, deputados e representantes do agronegócio debateram problemas do setor

Rodovias em má qualidade de conservação têm provocado aumento no preço dos alimentos da cesta básica em Minas Gerais.

Com as estradas ruins, sobe o preço do frete dos caminhoneiros e aumenta o desperdício de alimentos que estragam durante o transporte do interior do estado para as grandes cidades.

A avaliação foi feita durante uma entrevista à Itatiaia pelo Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais. Antônio Pitangui de Salvo.

“Prejudica todo mundo. Uma estrada ruim prejudica não só o transporte, mas o escoamento da safra, a chegada de insumos nas fazendas. Mas, mais do que isso, prejudica no aumento do preço da sexta básica, por exemplo. Estrada com maior fluidez e segurança fazem com que os produtos chegam nas cidades custando mais barato. Sabemos do empenho do governo de Minas, mas temos que cobrar para entender que todos sairão ganhando. Estrada ruim é produto mais caro no supermercado”, diz o presidente da Faemg.

Integrantes do agronegócio têm feito visitas e cobranças frequentes aos deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e cobrado melhorias nas estradas mineiras. O presidente da Comissão de Agropecuária, Raul Belém, do Cidadania, afirma que rodovias têm sido um gargalo para o agro em Minas.

“Hoje, um dos maiores desafios para a evolução do agronegócio é a capacidade das nossas rodovias. Em Minas, tanto as federais quanto as estaduais se encontram em péssimas condições. E isso encarece muito o transporte e gerando uma dificuldade na competitividade do setor mineiro. Nós precisamos investir”, diz o parlamentar.

Em audiências públicas na assembleia, produtores rurais têm reclamado da falta de investimentos e melhorias em estradas de regiões como Triângulo Mineiro, Vale do Jequitinhonha e Sul de Minas. Rodovias federais, inclusive privatizadas, como a BR-040 e a Fernão Dias, têm sido alvos de reclamações de integrantes do setor produtivo e de ouvintes da Itatiaia que circulam por elas.

O diretor geral do DER, Departamento de Estradas de Rodagem, Rodrigo Tavares, ressaltou a importância de ouvir as críticas dos empresários do setor do agronegócio. Tavares reconheceu que as rodovias mineiras precisam de investimentos e como os problemas rodoviários impactam as grandes regiões produtoras.

“O Triângulo é uma área bastante afetada, já que tem uma produção agropecuária bastante pujante, o que demanda bastante das nossas rodovias. De forma geral, a condição da malha está bem desgastada em todo o estado, o que exige da gente investir em todas as regiões. Estamos fechando os valores que serão investidos em 2023, mas já estamos lançando uma nova etapa do Provias, quando poderemos investir na recuperação das rodovias. Já temos 13 obras contratadas no ano passado com ordem de início e vamos soltar novos editais de licitação neste mês de maio”, afirmou.

Na semana passada, o Governo de Minas lançou cinco editais de licitação para obras de recuperação de asfalto em sete trechos do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. O conjunto de intervenções conta com investimentos de R$ 142 milhões que irão contemplar melhorias em 220 quilômetros de rodovias.

Tavares afirmou ainda que o estado avançou com os projetos de concessões e um novo projeto será lançado para a região de Varginha. “O estado, através da Secretaria de Infraestrutura, leiloou dois lotes, um no Triângulo e outro no Sul. Neste mês de maio já tem um novo edital de concessão para a região de Varginha. Então, temos avançado bastante nas concessões”, afirmou.

Fonte: Itatiaia

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