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Água e esgoto tratados devem estar disponíveis para todos os mineiros em 2041

Redação22 de maio de 20236min0
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O Estado planeja cumprir as metas do Novo Marco Legal do Saneamento até 2033, com acesso de 99% dos mineiros à água tratada e 90% ao serviço de coleta e tratamento de esgoto

Minas Gerais planeja que 100% da população tenha acesso aos serviços de água tratada e de coleta e tratamento de esgoto até 2041. Para isso, o Estado pretende investir R$103,2 bilhões em saneamento básico até o ano estipulado. Deste total, R$ 75,8 bilhões devem ser aplicados nos próximos 12 anos, quando o objetivo é de que 99% dos mineiros tenham acesso à água tratada e 90% tenha esgotamento sanitário disponível. As metas fazem parte do Novo Marco Legal do Saneamento, que prevê a universalização dos serviços até 2033.

“Esse é um grande desafio, mas é algo extremamente importante para o Estado. A política de saneamento básico é fundamental para a saúde pública, para o meio ambiente e ainda permite ganhos com o desenvolvimento econômico. A gente destaca aquela máxima de que a cada R$ 1 investido em saneamento, temos R$ 4 economizados em saúde”, destaca a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Marília Melo.

Atualmente, uma a cada cinco pessoas ainda não possui acesso ao serviço de abastecimento de água em Minas Gerais. Apesar de ser reconhecido como um direito humano fundamental pela Organização das Nações Unidas (ONU), somente 82% dos mineiros possuem o serviço.

Metade não tem tratamento de esgoto

No Estado, porém, a situação mais agravante ocorre em relação àqueles que ainda não são atendidos com o tratamento de esgoto, disponível para 53,7% da população — ou seja, pouco mais da metade dos residentes em Minas. Os números do Panorama Estadual de Saneamento Básico no Estado de Minas Gerais (PESB/MG), coletados em 2021, revelam ainda que 87,64% dos mineiros possuem acesso à coleta de esgoto.

Com o objetivo de definir as ações para os próximos anos, a fim de alcançar os resultados, o Estado desenvolveu um estudo junto a Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto  (Abcon/Sindcon). O levantamento considerou o aumento da população, e pontuou a necessidade, não apenas da expansão da rede, como a de recuperação e manutenção do sistema já existente. “Minas hoje está acima da média nacional no que se refere a tratamento de água e esgoto, mas ainda precisa fazer esse esforço complementar”, destaca Percy Soares Neto, diretor-executivo do grupo responsável pela pesquisa.

Ampliação e Copasa

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) é responsável pela garantia desses serviços em 640 dos 853 municípios do Estado. Conforme levantamento da companhia, 99,8% dos imóveis possuem água tratada e 90,8% o serviço de coleta de esgoto, sendo em 72,1% deles com o esgoto coletado e tratado. Os índices, em geral, estão acima do determinado pelo Novo Marco do Saneamento, que prevê 99% e 90%, respectivamente.

A média no Estado também supera a nacional, que é de 84,1% e 49,9%, conforme divulgado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2020. “A Copasa já se encontra em linha com as metas para a universalização. Nós temos, agora, que focar em zelar pela manutenção e avançar no tratamento do esgoto”, destaca Guilherme Augusto Duarte de Faria, presidente da Copasa.

Além de ampliar o acesso ao serviço, a companhia planeja reduzir as perdas de água na rede. Hoje o desperdício é de 39%  — ou seja, a cada dez litros de água produzidos, quatro se perdem pelo sistema. Conforme o Panorama Estadual de Saneamento Básico no Estado de Minas Gerais, o objetivo é reduzir essa perda para 25% até 2041.

Avanço econômico

O estudo desenvolvido pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon/Sindcon), com base no PESB/MG, prevê que a universalização dos serviços de saneamento pode colaborar com o desenvolvimento econômico em Minas Gerais. A maior parte em setores da construção civil, com a geração de empregos. A expectativa é de que sete mil postos de trabalho sejam criados no primeiro ano de investimentos.

“Esses recursos irão sair de empresas públicas e privadas”, destaca Fernando Passalio, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico. Para o titular da pasta, esses investimentos devem injetar cerca de 83 bilhões na economia estadual, o que representa 10% do produto interno bruto (PIB). “Distribuído em toda a cadeia produtiva, isso representa geração de emprego e renda”, completa Passalio. A pesquisa da Abcon/Sindcon prevê o crescimento ainda de setores de máquinas, além do segmento de equipamentos mecânicos e elétricos, e de serviços.]

Fonte: O Tempo

Redação


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