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Multivitamínicos podem melhorar memória imediata, diz estudo americano

Redação24 de maio de 20233min0
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Pesquisa publicada na The American Journal of Clinical Nutrition sugere melhora em memória recente depois de um ano de ingestão diária de multivitamínicos

Um estudo recente, publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition, indica que o consumo diário de multivitamínicos por pelo menos um ano pode resultar em melhoras na memória imediata, também conhecida como memória recente. Entretanto, os resultados ainda são preliminares e o uso inadequado de polivitamínicos pode trazer complicações para a saúde.

O principal objetivo da pesquisa foi analisar a memória imediata, que envolve a lembrança de informações recentes. O neurologista Raphael Spera, membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento (GNCC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que essa memória tem duração de segundos a minutos e pode ser afetada com a idade, especialmente em pessoas mais velhas.

O estudo contou com 3.526 participantes, sendo que metade deles recebeu um multivitamínico e a outra metade, um placebo. Antes de iniciar o consumo das pílulas, os participantes praticaram atividades computadorizadas para avaliar diferentes tipos de memória, incluindo a imediata. Os testes foram repetidos após o primeiro e terceiro ano de ingestão dos comprimidos.

Os resultados mostraram que o grupo que consumiu multivitamínicos apresentou maior melhora na memória imediata em comparação ao grupo placebo. Entretanto, o estudo não encontrou efeitos positivos dos multivitamínicos em outras áreas cognitivas, como memória tardia e funções executivas.

Além disso, a pesquisa teve limitações, como a falta de diversidade entre os participantes, que eram predominantemente brancos, com alta escolaridade e acesso à internet e computadores. Esse fator, juntamente com a necessidade de mais estudos, torna as conclusões preliminares.

Replicar a pesquisa

O neurologista Ivan Okamoto, do Núcleo de Excelência em Memória (Nemo) do Hospital Israelita Albert Einstein, afirma que não começaria a prescrever polivitamínicos para seus pacientes com base nesse estudo, ressaltando a importância de replicar a pesquisa em diferentes populações.

A ingestão de multivitamínicos sem orientação médica e nutricional não é recomendada, pois pode causar problemas de saúde, como hipervitaminose. Além disso, uma dieta equilibrada geralmente fornece os nutrientes necessários, tornando a suplementação desnecessária e um gasto adicional.

Fonte: Estado de Minas

Redação


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