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Pedras nos rins: a experiência de conviver com dores e expectativas

Redação1 de junho de 20233min0
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A dor nos rins é por conta da presença de pedras, massas sólidas formadas pelo acúmulo de cristais presentes na urina

Carlos Drummond de Andrade certa vez disse ‘Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas’, e essa frase me veio à mente quando, ao me inclinar para sentar, senti uma dor aguda na região lombar, como se tivesse sido atingido por algo cortante. A dor passou momentaneamente, mas logo retornou, persistindo por mais de 10 dias. Numa escala de 0 a 5, posso afirmar que ela se encontra por volta do nível 3, variando de intensidade, mas sem desaparecer completamente.

A causa dessa dor é a presença de pedras nos rins, massas sólidas formadas pelo acúmulo de cristais presentes na urina, que dificultam o funcionamento adequado do sistema urinário. Quando se deslocam, provocam fortes dores na pessoa afetada. O objetivo das pedras é alcançar a bexiga e serem expelidas. Entre os principais sintomas, destacam-se: vontade de urinar (presente), dor na região lombar irradiando para o abdômen (presente), ardência ao urinar (ausente), sangue na urina (ausente), náuseas e vômitos (ausentes), suspensão ou diminuição do fluxo urinário (aumentado no meu caso) e febre (ausente).

Uma tomografia computadorizada com contraste realizada por mim revelou a presença de uma pedra de 5 milímetros, prestes a ser expelida, porém sem um prazo definido. Conheço alguém que teve uma pedra de 10 milímetros e precisou de cirurgia para removê-la, mas esse não é o meu caso. Não há medicamentos específicos para expulsar a pedra, apenas para aliviar a dor. A recomendação é esperar e consumir muita água, pelo menos três litros por dia, fazendo com que eu vá ao banheiro a cada 20 ou 25 minutos.

Nesses momentos, torço para que a pedra seja eliminada e acabe com o sofrimento, mas também temo a dor que isso pode causar. Contraditório? A vida o é. Gostamos de pensar que estamos no controle de tudo, mas ignoramos o acaso e os fatores aleatórios.

Curiosamente, sou José e também Delgado por parte de mãe. O sobrenome Noblat, segundo meu avô paterno, vem de dois missionários franceses que chegaram ao Brasil no século 19. Visitei a pequena cidade de Saint-Léonard-de-Noblat na França, mas não encontrei vestígios de meus ancestrais. Acredito que, assim como os santos que protegem os portadores de pedras nos rins e as mulheres grávidas, também sou guardado por alguma força divina em minha luta contra essa condição.

Fonte: Portal UAI

Redação


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