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Bancos de sangue sofrem queda de 30% em seus estoques no inverno

Redação14 de junho de 20235min0
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Dados do Ministério da Saúde registram que menos de 2% da população brasileira é doadora

Historicamente, no inverno os hemocentros sofrem uma redução de cerca de 30% em seus estoques, agravando um cenário que já lida com baixa incidência de voluntários a doação de sangue. Segundo dados do Ministério da Saúde, menos de 2% da população brasileira é doadora, o que pode ser explicado por alguns fatores, como falta de informação e medo.

Conforme o hematologista do Grupo Oncoclínicas, Wellington Azevedo, pacientes hematológicos dependem da doação de sangue no decorrer da sua jornada: “Em doenças como anemias e leucemias podem ser necessárias transfusões de sangue, o que também pode ser preciso em decorrência de alguns tratamentos, como o transplante de medula óssea”.

Para estimular e conscientizar a população, a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Assembleia Mundial da Saúde, estabeleceu o Dia Mundial do Doador de Sangue (14/06).

Wellington Azevedo destaca que uma única doação pode beneficiar até quatro pessoas: “No corpo temos, em média, 70 ml de sangue por kg de peso, então, uma pessoa de 50 kg tem em torno de 3,5 l de sangue. Normalmente são coletados cerca de 380 ml, esse sangue é fracionado no Banco de Sangue e a partir dele se faz um concentrado de hemácias, uma unidade de plasma, uma unidade de plaquetas e uma unidade de crioprecipitado (usado para repor fatores de coagulação)”, explica.

Doar é simples e não exige preparo

 hematologista do Grupo Oncoclínicas, Wellington Azevedo
Hematologista do Grupo Oncoclínicas, Wellington Azevedo, diz que interessados podem doar sangue a cada três meses e aquelas que tiveram COVID devem se abster no primeiro ano depois da aquisição da doença(foto: Arquivo Pessoal)

O médico reforça que o processo de doação é bem simples e não exige preparo, nem jejum ou outro cuidado excepcional, mas é preciso estar alimentado. “Podem ser doadores maiores de 18 anos, que tenham acima de 50 kg e sejam sadios. Os interessados podem contribuir a cada três meses, contudo é importante frisar que pessoas que tiveram COVID-19 devem se abster de doar sangue no primeiro ano após a aquisição da doença. Quem teve hepatite após os 11 anos de idade, malária e portadores de patologias transmissíveis pelo sangue, como doença de Chagas e Aids, não podem doar sangue”.

Para doar sangue, basta se dirigir a uma das unidades de coleta. Em Minas Gerais há 20 hemocentros dos quais três estão localizados em Belo Horizonte.

Doenças hematológicas

As doenças hematológicas se dividem em três grupos: anemias (hemolíticas, aplásticas, megaloblásticas), alterações da coagulação (púrpuras, hemofilias, doença de von Willebrand, outras alterações da coagulação) e doenças proliferativas e infiltrativas (leucemias agudas e crônicas, linfomas, mielodisplasias, mieloma múltiplo, síndromes mieloproliferativas, doença de Gaucher,  doença de Niemann-Pick).

Fonte: Estado de Minas

Redação


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