Cozinha Mineira é oficialmente patrimônio imaterial de MG
Nesta quarta-feira (5), data em que celebra o Dia da Gastronomia Mineira, a cozinha mineira, por meio da culinária do milho e da mandioca, agora é oficialmente patrimônio cultural imaterial do estado. O anúncio foi realizado no Palácio da Liberdade pelo Governo de Minas Gerais.
Além desse registro oficializado, o Governo de Minas também lançou o projeto “Cozinha Mineira Patrimônio – Temporada 2023”, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), com uma série de iniciativas com o objetivo de proteger, fomentar e promover os ingredientes, saberes e práticas que constituem a cultura alimentar mineira.
Registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira – O Milho e a Mandioca é de grande relevância para o reconhecimento e a valorização de saberes e práticas desenvolvidos pelos povos originários e tradicionais, como as comunidades indígenas e negras. A contribuição desses povos foi essencial para que a mandioca e o milho constituíssem alguns dos pilares que sustentam a cozinha mineira.
“O fubá que é produzido a partir do milho deu origem ao nosso angu e a diversos outros preparos, como broas, bolos e biscoitos. O registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira – o Milho e a Mandioca, reverencia, assim, os povos originários e tradicionais, os fazedores de farinha, que desenvolveram os elementos fundantes da nossa cozinha”, disse Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo.
Ações
Além da entrega do dossiê para o Registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira – O Milho e a Mandioca, o Iepha realizará a publicação de uma edição dos Cadernos do Patrimônio Cultural dedicada ao tema. A divulgação de peça audiovisual sobre o assunto e de material educativo a ser compartilhado nas escolas, bibliotecas e museus também estão previstas.
Capacitações, por meio das Rodadas do Patrimônio Cultural, promovidas pelo Iepha, também deverão contribuir para a formação de gestores sobre a temática da salvaguarda, incentivando a participação dos mais diversos agentes de patrimônio, em especial, os detentores do saber.
A realização de um programa voltado à agricultura familiar, contemplando, por exemplo, comunidades ribeirinhas e quilombolas, é outra ação desse eixo. Com o nome Agricultura Familiar e Sustentável, o projeto visa preservar as práticas e conhecimentos transmitidos por gerações enquanto também auxilia essas comunidades na geração de renda de maneira sustentável. Esse trabalho será desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Fonte: O Tempo