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Minas é o segundo Estado com mais feminicídios no país

Redação20 de julho de 20234min0
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Casos aumentaram quase 10% em comparação com 2021

Dados divulgados na 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que Minas Gerais é o segundo Estado onde mais se comete feminicídios no país. O estudo indica que 171 mulheres foram mortas em Minas Gerais em 2022 pelo simples fato de serem mulheres. O aumento é de 9,9% em relação a 2021, onde 155 mulheres foram assassinadas. No Brasil, a variação foi de 6,6%.

A Lei 13.104, de 9 de março de 2015, qualificou o crime de feminicídio quando ele é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Considera-se que há
razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Na frente de Minas Gerais está São Paulo, com 195 vítimas do feminicídio no ano passado. O número de mulheres mortas em crimes classificados como homicídio, quando a morte não é relacionada ao gênero, também é grande. Nesse caso, foram 309 vítimas, número 3,3% maior que o registrado em 2021. Quando separado apenas esse crime, Minas Gerais figura como o quarto mais violento do Brasil.

Crime tentado

As tentativas de feminicídio também aumentaram em Minas Gerais. Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que foram 123 tentativas de feminicídio no Estado.

Lesão corporal

As lesões corporais, no âmbito de violência doméstica, ficaram praticamente estáveis no Estado. Foram registrados 22.561 casos em 2022, enquanto em 2021 foram 22.657.

Hiperconvivência e abuso de drogas

O especialista e pesquisador em segurança pública, Jorge Tassi, avalia que a alta nos índices de feminicídio em Minas podem estar ligados à convivência em excesso, instituída pela pandemia da Covid-10. “No primeiro semestre de 2022 tivemos ainda um fortalecimento do trabalho em casa. Com isso as famílias ficaram em casa e isso aumentou o estresse, o que fez pode potencializar os casos em famílias que têm predisposição de resolver problemas com a violência”, pontua.

Ele  aponta, no entanto, um machismo estruturante e o adoecimento da sociedade, com a política de drogadição, como gatilhos para o crime contra a mulher. “Não costumamos discutir esse dados baseado em ciência, acabamos no achismo. Mas precisamos estudar isso com profundidade o machismo estruturante e o adoecimento da sociedade. Vivemos uma  política de drogadição, um marketing muito forte na sociedade, um incentivo a droga como elemento de prazer e cura. Hoje temos a cultura de usar drogas para emagrecer e ficar mais forte e, com isso, estamos perdendo a cultura de se disciplinar em busca de resultados”, explica.

Tassi afirma que o abuso de álcool e drogas pode gerar conflitos familiares que levam à violência. “O uso desses entorpecentes, como maconha e crack, e de álcool pode não agradar a todos. Se o marido chega alcoolizado, por exemplo, em casa, a esposa pode não gostar. A situação pode levar a uma discussão que gere violência, atingindo até terceiros ou familiares”, avalia.

Fonte: O Tempo

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