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Sobrepeso atinge quase 62% dos mineiros; aumento da obesidade preocupa

Redação3 de outubro de 20234min0
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Assembleia promove ciclo de debates sobre o tema nesta terça-feira (3); deputado vê ‘negligência’ de setores sociais ante o tema e defende política pública

Quase 62% dos mineiros têm sobrepeso, segundo pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Desses, 28% apresentam algum grau de obesidade. As estatísticas foram apresentadas a deputados estaduais de Minas Gerais nessa segunda-feira (2), durante um debate convocado para tratar do assunto.

A ideia é utilizar as informações para subsidiar políticas públicas municipais e estaduais de combate à obesidade. As conversas a respeito da saúde corporal dos mineiros prosseguem nesta terça-feira (3), em virtude do ciclo de debates “Obesidade é doença: O desafio é de todos”.

A deputados estaduais, Helen Hermana Miranda Hermsdorff, professora do Departamento de Nutrição da UFV, afirmou que, de 2008 a 2021, a obesidade em Minas aumentou, inclusive, na área do semiárido. Isso, de acordo com a especialista, evidencia que o sobrepeso não é problema apenas das regiões socioeconomicamente mais desenvolvidas.

Coordenadora do programa Rede para Enfrentamento da Obesidade em Minas Gerais (Renob-MG) e do Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular (Procardio) da UFV, Helen disse que a análise dos alimentos consumidos pela população ajuda a explicar o aumento nas estatísticas.

“Para ser uma ideia, descobrimos que, entre crianças até 9 ano,s 88% delas já consomem alimentos ultraprocessados, com muito açúcar gordura e corante. É o caso dos salgadinhos, refrigerantes e biscoitos recheados. São alimentos não saudáveis, reconhecidos como fator de risco para obesidade”, alertou.

Segundo o Mapa da Obesidade, entre 2008 e 2019, o número de habitantes com excesso de peso aumentou 42%. A prevalência da obesidade grau 1 cresceu 67%; da obesidade grau 2, 100%; da de grau 3, 106%.

Dados sobre a obesidade foram apresentados na ALMG

Deputado cobra atenção

O deputado Coronel Sandro (PL), mediador dos debates sobre obesidade, apontou “negligência” social em torno do tema.

“Precisamos aceitar que é uma doença grave com consequências sérias. É preciso enfrentá-la de frente, com coragem, por isso o ciclo de debates. Vamos criar um comitê de representação para dar continuidade aos trabalhos, com a elaboração de medidas efetivas a serem implementadas por todos os segmentos da sociedade”, prometeu.

Para Helen Hermsdorff, o enfrentamento à obesidade passa, também, pelo oferecimento, por parte do poder público, de condições que garantam o acesso populacional a alimentos saudáveis.

“Existem vários fatores que podem levar a essa ingestão maior de calorias. Será que essa pessoa tem condições de acesso a alimentos saudáveis? Será que ela tem segurança pública suficiente e espaços disponíveis para fazer uma caminhada, para se exercitar? A obesidade é uma doença complexa, de causa multifatorial, e por isso é preciso também políticas públicas abrangentes para enfrentá-la”, defendeu.

Até o próximo dia 11, o Palácio da Inconfidência, sede da Assembleia de Minas, vai dedicar as noites a dar um alerta contra a obesidade. Isso porque o edifício ficará iluminado nas cores laranja e azul, a fim de marcar o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade.

Fonte: Itatiaia

Redação


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