Mesmo com queda, Lago de Furnas segue com melhor volume em 14 anos para outubro
Em novembro de 2022, o Lago de Furnas deixou uma sequência de cinco meses de queda no volume para começar uma elevação que chegou a quase 100% em abril deste ano.
O volume se manteve alto até julho deste ano. Em agosto, no entanto, a queda teve início. Do oitava mês no ano até o início de outubro, foram quase 16% de queda no volume.
O número não é alarmante e é menor, por exemplo, que o do mesmo período do ano passado. Além disso, é próximo da média de 14,65% da queda dos últimos 20 anos.
O atual volume é o melhor dos últimos 14 anos para outubro. Em 2021, o Lago chegou a 18% do volume. Em 2017 foi ainda pior, com cerca de 11º. Volume melhor que o atual só foi registrado em 2009 – veja abaixo.
Volume Lago de Furnas em outubro
Outubro de 2023: 83,03% |
Outubro de 2022: 58,77% |
Outubro de 2021: 18,27% |
Outubro de 2020: 27,76% |
Outubro de 2019: 16,65% |
Outubro de 2018: 15,02% |
Outubro de 2017: 11,17% |
Outubro de 2016: 51,13% |
Outubro de 2015: 22,17% |
Outubro de 2014: 13,30% |
Outubro de 2013: 50,32% |
Outubro de 2012: 50,51% |
Outubro de 2011: 66,34% |
Outubro de 2010: 53,13% |
Outubro de 2009: 84,91% |
“O Lago de Furnas é a caixa d’água do sistema hidrelétrico, da bacia do Rio Grande. Ele é considerado um reservatório, ou seja, tem capacidade de armazenar água para atender a demanda de outras seis usinas hidrelétricas que temos no Rio Grande. Por isso, ele é considerado um lago reservatório que atende e contribui para a geração em cascata. Gera energia aqui e a mesma água vai gerar energia nas demais hidrelétricas que temos”, disse o secretário executivo da Alago, Fausto Costa.
Sobre a queda no nível, o secretário destacou a demanda atendida pela hidrelétrica.
“O Lago de Furnas tem diminuído muito o seu nível nos últimos meses. Consequência do aumento da geração de energia da hidrelétrica de Furnas para atender a demanda da região sudeste. A energia que vinha das grandes hidrelétricas da região norte não está vindo. Lá está passando uma crise hídrica. Tanto que o comitê de monitoramento do setor energético autorizou nessa última quarta-feira o acionamento das usinas termo elétricas. Isso é muito importante, pois alivia a geração de energia da matriz hídrica. O que representa uma importante decisão para a região do Furnas”, falou.
Fonte: Jornal Folha Regional