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O que nos faz feliz? Mitos e verdades sobre a busca pela felicidade

Redação17 de outubro de 20236min0
Tamyres171023
por Tamyres Fontes

A felicidade não é um mistério e, embora pareça difícil, é possível nutri-la através de uma vida com propósito. Saiba como alcançá-la.

Sentir-se infeliz é uma condição humana que muitas pessoas buscam evitar e até nutrem um certo medo. A ideia de que estar feliz o tempo inteiro é sinônimo de uma vida plena e com propósito gera – frequentemente – mais frustração do que tranquilidade. De filósofos gregos a estudos científicos robustos, a felicidade é um tema intrigante, que cativa e provoca muito mais questionamentos do que a escavação de provas ou respostas. No entanto, hoje é possível esclarecer quais são os mitos e verdades de um conceito tão cobiçado culturalmente.

O que é felicidade e o que não é
Sem qualquer questionário, podemos dizer que a felicidade é tema de interesse de mais de 90% da população mundial. Para alguns, ser feliz é poder viver em uma grande cidade com oferta de serviços, empregos e lugares para se divertir. Mas uma casa na fazenda no silêncio da natureza é o ideal para outras pessoas.
Para Jorge Oishi, estatístico e especialista em felicidade, o conceito pode ser compreendido como a síntese de afetos que se acumulam a partir de experiências internas e externas do ser humano.
“A felicidade não deve ser entendida como um conceito dicotômico de ser feliz ou infeliz, mas como um valor que varia num intervalo de valores possíveis, e que vai de um valor mínimo a um máximo”, explica Oishi.
Ele, que também é professor da Universidade Federal de São Carlo (UFSCar), conta que a felicidade é subjetiva, já que se constitui como um conjunto de conhecimentos e experiências que cada um consegue reunir durante toda a sua vida.

Por que nos vendem a ideia de felicidade?
Associar felicidade à compra é uma estratégia eficiente e útil desde que as mercadorias passaram a ser centrais na sociedade. É comum ligar o ato de ser feliz a questões materiais que podem ser efêmeras. É, no fim, um comércio intenso e ininterrupto de felicidade. Às vezes de qualidade ruim.
No entanto, para a ciência, isso não é bem felicidade, mas pode se enquadrar em um estado de bem-estar. “A mídia e o marketing nos convencem de que felicidade é o mesmo que sentir apenas as mesmas doses de emoções positivas. É uma vida que não existe dor, sacrifício, mas sabemos que, obviamente, isso é impossível”, explica Adriana Drulla, mestre em Psicologia Positiva pela Universidade da Pensilvânia.
Ela deixa claro que uma vida feliz não significa que existam apenas emoções positivas. “Elas são sempre passageiras, mas as pessoas vivem se sacrificando a serviço do consumo, de compras materiais ou mesmo conquista de status.” Para a especialista, a felicidade depende da forma como levamos a vida. “É um esforço consciente de aproveitar aquilo que você já tem, que já é bom hoje.”

5 dicas para ser mais feliz

Essa não é uma receita de bolo, mas dicas importantes que podem nos ajudar a construir um caminho para a felicidade. Adriana DrullaJorge Oishi e Hildengard Allgaier nos ajudam a driblar as falsas afirmações do que é felicidade e nos lembram que ela depende bem mais da gente do que costumamos imaginar.
Juntos, os especialistas desta matéria estarão dedicados aos debates e estudos sobre bem-estar, autoconhecimento, saúde mental e ESG. Então, pega um caderno, lápis ou faça uma captura de tela se achar mais simples.
É importante que o ser humano (portanto, você) mantenha relacionamentos positivos. Conexões importantes nos ajudam a nos sentir valorizados, amados e pertencentes;
Outro aspecto relevante é avaliar se temos realmente uma vida com propósito. Se somos capazes de adicionar valor ao mundo e às causas que para nós são importantes. Se a gente produz bons efeitos positivos no planeta;
Busque associar a felicidade a valores subjetivos e experiências de vida. Fazer esse cálculo com bens materiais ou consumo pode ser perigoso. Afinal, essas coisas acabam;

A felicidade tem relação com a compreensão cada vez mais profunda sobre nós, quem somos e qual é a nossa finalidade no mundo;
Somos parte integral de uma intenção maior do Universo, acredita Hildengard Allgaier. “Quando sentimos isso, deixamos de buscar o extraordinário e nos fixamos em agradecer o simples“, explica.

Redação


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