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Variante do coronavírus é 100% mortal em camundongos, aponta estudo da China

Redação25 de janeiro de 20244min0
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Cientistas da Universidade de Pequim identificaram um vírus semelhante ao SARS-CoV-2 com potencial de infectar humanos

Cientistas chineses realizaram experimento com uma cepa variante do coronavírus que é 100% letal em camundongos, de acordo com o jornal britânico Daily Mail.

Os sintomas relatados incluíam olhos completamente brancos, rápida perda de peso e fadiga extrema. O período de tempo entre a infecção e a morte é quase a metade do observado com a Covid-19.

Os estudos ligados ao exército chinês alertaram para o potencial risco de infecção humana, mas não especificam a ameaça da propagação de uma nova pandemia.

Cientistas da Universidade de Tecnologia Química de Pequim clonaram um vírus semelhante ao Covid-19, conhecido como “GX_P2V”, encontrado em pangolins para fazer testes em camundongos.

A clonagem envolve a replicação do material genético do vírus em um ambiente controlado, como um laboratório.

Os pangolins são mamíferos nativos da África e da Ásia, parecido com o tatu-bola encontrado no Brasil.

A espécie foi identificada como o possível hospedeiro intermediário do vírus semelhante ao coronavírus, mas a origem ainda não foi definitivamente confirmada.

A presença do vírus parecido com o SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, em pangolins, não necessariamente indica uma mutação do coronavírus.

A descoberta sugere uma relação genética entre o novo vírus e a Covid-19, que pode estar relacionada a um ancestral em comum.

Muitos vírus têm origem em animais selvagens, e os morcegos são conhecidos como reservatórios naturais de vários coronavírus – mas ainda não foi cientificamente confirmado como a origem do SARS-CoV-2.

Risco de infecção humana

Para o experimento, os camundongos, usados como cobaias, foram geneticamente modificados para avaliar o risco da infecção em seres humanos.

Os resultados surpreenderam os pesquisadores: todos os roedores infectados com o patógeno morreram em um curto período de oito dias, de acordo com o Daily Mail.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo médio entre a infecção pelo coronavírus e a morte é de 15 dias. Ou seja, a variante pode matar com, praticamente, metade do tempo da Covid-19.

Foram encontrados níveis elevados de carga viral nos cérebros e nos olhos dos camundongos, sugerindo que o vírus se espalha pelo corpo de uma maneira diferente do coronavírus.

Os sintomas relatados incluíam olhos completamente brancos, rápida perda de peso e fadiga extrema – indicando complicações graves decorrentes da infecção no nosso organismo.

O artigo científico chines, que ainda não foi publicado, alerta para o risco de transmissão da mutação “GX P2V” em humanos. Os cobaias receberam proteínas humanas para avaliar o potencial risco de infecção.

Alertas sobre o risco de propagação de vírus são comuns em estudos científicos, especialmente quando se descobre uma variante que apresenta alta taxa de letalidade em experimentos com animais.

O objetivo é chamar a atenção para a importância de compreender a natureza do vírus, suas características de transmissão e os potenciais riscos à saúde pública.

Ainda não há informações específicas se o GX_P2V tem potencial de infectar humanos através dos pangolins e causar uma nova pandemia.

Fonte: Itatiaia

Redação


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