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Coluna 34 – Agronegócio – A maré das tilápias

Redação17 de fevereiro de 20244min0
tilapia-zootecnia
por Denise Bueno

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A maré das tilápias

Uma questão em análise nos últimos meses: a importação de Tilápia do Vietnã. A aquisição do produto de outro país ganhou a articulação das entidades representativas do setor. A importação foi suspensa nesse início de fevereiro, até que sejam feitas todas as análises de risco sanitário, em decorrência do vírus TiLV. O Brasil é área livre da doença. A medida foi anunciada pelos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária (MAPA), e André de Paulta, da Pesca e Aquicultura (MPA).

PEIXE BR

Conforme dados da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR), em 2022 o país produziu 860.355 toneladas, com receita de cerca de R$ 9 bilhões. A piscicultura gera cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, espécie que representa 64% da produção do país. Os peixes nativos, liderados pelo tambaqui, participam com 31% e outras espécies com 5%. Nos últimos anos (segundo levantamento da Peixe BR), a produção de peixes saltou 48,6% no país: de 578.800 t (2014) a 860.355 t (2022).

Impacto

Para o presidente da PeixesBR, Francisco Medeiros, o impacto das importações é muito grande, incalculável. “Temos dois problemas: primeiro o sanitário, o Brasil é área livre para o vírus TiLV, a mais importante doença neste momento da tilapicultura mundial. Segundo a qualidade do produto, pois as regras do MAPA são únicas e os aquicultores produzem somente produtos de alta qualidade”.

Minas

A Associação dos Aquicultores de Minas Gerais e a Peixes BR trabalham desde outubro nesta causa. Foram realizadas reuniões com o ministro da Pesca e Aquicultura, com o Ministério do Trabalho, pois a importação afetaria o emprego direto e indireto de milhares de trabalhadores, chegando ao código de fiscalização sanitária para importação de tilápias, elaborado em 2014, e desatualizado.

Segundo a secretaria da associação mineira, Silvia Aparecida Marques, eles seguem trabalhando. “O nosso objetivo é que esse pescado barato, mas que não tem a mesma qualidade do pescado brasileiro seja ” proibido ” de entrar no país, porque colocaria a população em risco”. Silvia, destaca também o sabor do produto. Segundo ela, o peixe do Vietnã, tem sabor de barro devido a uma alga, o que a tilápia cultivada no Brasil não tem. “Isso pode comprometer anos e anos de um trabalho feito com muita luta, pois o consumidor pode generalizar e passar a não ingerir o produto”.

Minas Gerais é o terceiro maior produtor de peixes do país e as cidades lindeiras ao Lago de Furnas ocupam a segunda posição. Entre elas, o município de Carmo do Rio Claro é o maior produtor.

Redação


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